
No dia 1º de maio, a Venax Eletrodomésticos completou 40 anos. Fundada em 1º de maio de 1985, como Metalúrgica Venan, a empresa tem uma história diferente da maioria das empresas de Venâncio. Ela surgiu da massa falida da antiga Metalúrgica Venax, empresa criada no final da década de 50 e que chegou a empregar 800 pessoas no final dos anos 70. E faliu em 1982, criando um problema econômico e social para Venâncio. Era a maior empresa do município.
Por dois anos os síndicos Luiz Carlos Kretzmann e depois Jader Ribeiro Rosa, tentaram viabilizar a reabertura da empresa, mas isso não foi possível. Em novembro de 1984, tudo foi à leilão. A refrigeração Rubra ficou com a matrizaria dos fogões à lenha, o Expresso Cruzador ficou com os pavilhões da fábrica náutica, no Acesso Leopoldina (onde hoje é a Refrimate), a família Artus comprou a área de reflorestamento (que hoje é o Loteamento Artus) e a Metalúrgica Zonta, de Esteio, comprou a matrizaria dos fogões à gás e as instalações da fábrica. E o apoio da Prefeitura foi fundamental. O prefeito Almedo Dettenborn (PMDB) ajudou a Rubra e a Zonta e foram criadas duas fábricas de fogões.
Nesta semana, a convite de Fabiana Bergamaschi, diretora da Venax Eletrodomésticos, participei da gravação de um bate-papo na empresa, conduzindo a conversa sobre a história dos 40 anos. Na mesa, Walter Bergamaschi, que comprou massa falida em 1984, pela Metalúrgica Zonta de Esteio e hoje é presidente de Venax Eletrodomésticos. Estava também Vilmar de Oliveira, funcionário da antiga Metalúrgica Venax que seguiu trabalhando com os síndicos depois da falência e foi dos primeiros funcionários da Metalúrgica Venan, como se chamava a nova empresa até o ano de 2000. Vilmar permaneceu até 1987, tornando-se depois sistemista com o fornecimento fios e cabos para a linha de produção Venax. E participaram também Leomar Felten, supervisor de laboratório e Jonas Weiss, gerente de vendas. Falamos de história, de superação, de conquistas. Mas, especialmente, do empreendedorismo de Walter Bergamaschi e sua participação comunitária desde que chegou aqui para tocar a nova fábrica, muito maior do que a metalúrgica Zonta, em Esteio, que tinha 60 funcionários e instalações acanhadas. Depois da massa falida da Venax, Bergamaschi comprou outras sete empresas do setor que foram sendo incorporadas à Venax. A primeira foi a Steigleder, quando a Venax começou a fabricar geladeiras. Depois vieram várias outras. Hoje a Venax tem uma linha com mais de dois mil produtos que estão nos mercados nacional e internacional.
Bergamaschi foi um dos líderes industriais na reativação da antiga Associação Comercial e Industrial de Venâncio (Aciva), logo que chegou, nos anos 80. Em 2000 a Aciva e o Clube de Diretores Lojistas (CDL) formou a Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Venâncio Aires (Caciva). Quando foi fabricar geladeiras, precisava de mão de obra especializada. Bergamaschi então trouxe curso de refrigeração da Fundação Rio Grande para Venâncio, para formar mão de obra. Ele participou do grupo de empresários que liderou o movimento por um Distrito Industrial, e que comprou uma área de 51 hectares, que foram doados ao Município no governo do prefeito Glauco Scherer, que criou o Distrito Industrial.
Durante a conversa, falamos de mercado, de barreiras, de inovações da sucessão na empresa com a entrada de Fabiana Bergamaschi, a filha mais velha de Walter, na direção da empresa, apostando em produtos inovadores para o mercado, em vendas pela internet, mas sempre mantendo o ‘selo de qualidade’ Venax atestado pela certificação ISO 9000.
A produção foi de Douglas Ertel, do Marketing da Venax e de Pablo Felten, da Sultel. Logo esse esse trabalho estará no You Tube e fica para a história empreendedora da família Bergamaschi.
Meio Ambiente: Parcerias CTA e Unisc

Na quinta, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Folha do Mate e Terra FM, dentro do projeto Responsabilidade Ambiental: Um compromisso de todos, levou o Conexão 105 para a CTA Continental, empresa tabacaleira parceira do projeto. Das 11h às 13h, Leticia Wacholz conduziu um programa ao vivo pela Terra FM 105.1 e pelo Terra Play no You Tube, falando sobre projetos ambientais que a empresa desenvolve, como mostra reportagem nesta edição e que será ampliada no próximo caderno do projeto, no dia 19.
Antes do programa foi inaugurada uma estação meteorológica, instalada dentro da empresa em parceria com a Unisc, que tem projeto de instalação de 12 estações em municípios da região, dentro dos investimentos em prevenção climática na região. O reitor da Unisc, Rafael Henn e o CEO da CTA, Eduardo Renner falaram das ações conjuntas. A presença da Unisc nas comunidades da região me realiza, pois faz anos que defendo que as universidades da região se integrem mais às comunidades onde atuam. E Rafael Henn acelera essa presença forte da Unisc em parcerias públicas e privadas, como essa com a CTA Continental, em várias frentes.
As divergências sobre o traçado da RS-244
No sábado, 24 de maio, a Folha trouxe reportagem sobre as obras de asfaltamento do trecho de 16 km da RS-244, que estão em andamento, entre Venâncio e Vale Verde, uma novela que dura 30 anos. O Daer conseguiu decisão judicial permitindo o traçado passar pela propriedade de Talis Mariante Celeste, fazendeiro que tinha ingressado com ação judicial contra o traçado da estrada por suas terras e que recorreu da decisão.
Ontem Talis esteve aqui na Folha e Terra, acompanhado do amigo Pery Romero Neto, onde defendeu a sua posição. Ele entende que pelo traçado que está sendo feito pelo Daer, o asfalto vai beneficiar somente três grandes propriedades e que sendo feito pela estrada da Várgea dos Camargo, saindo entre Passo do Sobrado e Vale Verde, beneficiaria 44 propriedades, conforme está detalhado em reportagem nesta edição.
O traçado do projeto é quase em linha reta, ligando Venâncio, no entroncamento da RSC-287 com a RSC-453, até Vale Verde, de onde a RS-244 já está asfaltada até General Câmara, em direção a região metropolitana, criando um novo corredor de tráfego regional e de desenvolvimento da região de Vale Verde.
Pesquisa Quaest: Lula e Bolsonaro rejeitados
Nesta semana o instituto Genial/Quaest divulgou levantamento nacional sobre a eleição presidencial de 2026. O que mais chama atenção é que os brasileiros não querem nem Lula nem Bolsonaro, uma polarização que tem feito mal ao país. Para 66% dos eleitores entrevistados o presidente Lula não deveria se candidatar à reeleição. Para 65% dos entrevistados, Bolsonaro deveria apoiar outro candidato da direita. Lula tem 57% de rejeição, entrevistados que não votariam nele. Bolsonaro tem 55%.
A pesquisa fez simulações de segundo turno de Lula contra candidatos de centro e de direita. A disputa entre Lula e Bolsonaro que era de 44% x 40% em março, agora está empatada em 41%. Nas simulações de Lula contra outros candidatos deu 41% x 40% com Tarcísio Freitas (Republicanos), 43% x 39% com Michele Bolsonaro (PL), 40% x 38% com Ratinho Junior (PSD) e 40% x 36% com Eduardo Leite (PSD).
A principal novidade da pesquisa foi o governador gaúcho Eduardo Leite incluído pela primeira vez nas simulações da Quaest. E o desempenho é importante no plano de Leite disputar a presidência. O maior desafio do governador vai ser conseguir ser candidato. Se for candidato, quando ganhar microfones e holofotes, ele dispara. Tem seu discurso pronto, apontando os males para o país da polarização entre esquerda e direita, o ‘nós contra eles’, que Lula pregou por décadas. O governador prega o diálogo, e traz o que o Brasil pede para um presidente: competência, honestidade e caráter.
Manchetes do X
- Veja: Governo segue sem saber o destino dos bilhões roubados do INSS
- Folha S. Paulo: Mendonça diz que remover perfis de redes sociais é censura
- Gazeta do Povo: Regulação das redes via STF deixa ministros mais perto de sanções dos EUA
- CNN: Lewandowski manda PF investigar mulher que gritou «Lula ladrão»
- Revista Oeste: Chico Rodrigues, flagrado com dinheiro na cueca, embarcou com Lula para a França
- Carta Capital: Lula recebe título de doutor honoris causa de universidade francesa
- O Globo: Temor com corrupção, crise do INSS e desaprovação no maior patamar: os recados da pesquisa da Quaest ao governo Lula
- Exame: Rejeição à candidatura de Lula em 2026 aumenta para 66%, diz pesquisa Quaest
- IstoÉ: Bolsonaro deveria apoiar outro candidato em 2026 para 65%, diz pesquisa Quaest
- Exame: Lula empata com Bolsonaro, Tarcísio, Michelle, Ratinho e Leite no 2º turno em 2026, diz Quaest