O caminhoneiro autônomo Lotário Wessling, que viaja o Brasil todo transportando cargas, é um bom observador e tem transcrito suas impressões nas páginas da Folha, com artigos que envia, como o que está ai ao lado.Ao enviar o artigo lá do nordeste, Lotário acrescenta: “Estou trabalhando nas últimas semanas pela região nordeste. Atravessando Estados inteiros por boas estradas sem pedágio algum. Impressiona a repercussão das notícias negativas do nosso Estado, (finanças). Pessoas de todas as classes sociais, do fazendeiro ao borracheiro, perguntam ou comentam sobre a situação do nosso Estado, quando percebem que sou gaúcho. De modo geral, expressam a ideia de que no RS se roubou tanto que não tem mais recursos para pagar os funcionários públicos. Destaco o que disse um fazendeiro enquanto abastecia sua caminhonete carregada de caprinos de raça selecionados: “meu genro é gaúcho e quando o pessoal dele vem passear noto que eles levam questões políticas a sério, imagine então o resto do País, realmente estamos perdidos”. Essa repercussão, mais minha indignação pessoal resultou nesse texto, que envio com a ajuda da funcionária Verônica do posto de combustíveis Vila Bela, localizado nas margens da BR 116 rodeado pela caatinga em pleno sertão pernambucano, em Murici, município de Cabrobó. Lugar que eu e minha esposa Luizita escolhemos para ficar, na volta da viagem Juazeiro/BA – Quixadá/CE, até segunda feira, quando nos deslocaremos até Juazeiro novamente, para carregar uma carga de óleo de caroço de algodão para Araxá MG, e assim aos poucos retornar a nossa “aldeia”.
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