O presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Mathias Ferreira (PMDB), depois da repercussão negativa da medida adotada pelo legislativo de baixar para ensino fundamental incompleto a exigência para contratação de assessores, deu novas explicações. Tentou explicar que houveram distorções de informação. A emenda ficou pior que o soneto. Ferreira defendeu que a medida é incentivo a educação e que oferecer um posto de assessor de vereador a pessoas de baixa renda pode também contribuir com a diminuição da marginalização e a inclusão social. Virou piada.
A única distorção que pode ser alegada é que foram cinco votos que aprovaram a medida do Legislativo e não seis, pois o presidente não vota. Mas Paulo, caso votasse também, aprovaria. Pelo menos é esta a sua posição em defesa da decisão.
De manifestações nas redes sociais, onde não vi nenhuma defendendo a medida, recolho uma de Dieferson Umbelina.
“Presidente da Câmara de Vereadores: baixamos o nível de escolaridade em nome da inclusão.. mas não somos contra o ensino, por exemplo nos concursos da Câmara continuara sendo exigido o ensino médio e superior…Que bela explicação.. inclusão de quem? Sera uma inclusão justa? Ou inclusão de amigos de alguns vereadores? E obviamente que no concurso eles não baixariam a exigência, por que em concurso não ha como se privilegiar amizades. Concurso é democrático, é ético e igualitário, por isso é que baixam apenas nos cargos de confiança, onde eles podem favorecer a quem lhe interessa. Quanto mais falam, mais absurdo fica!”
Em ano eleitoral esse episódio é um tiro no pé, pois os vereadores poderão contratar assessores sem escolaridade, mas como consequência produziram uma onde de protestes e uma montanha de votos em branco pela decepção do eleitor.