Câmara dos Deputados e Senado empossaram os eleitos em 2018 e escolheram mesas diretoras. Na Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), que presidiu a Casa nos governos Dilma e Temer, conseguiu se reeleger, até com facilidade (344 votos), para decepção de muitos, como eu, que esperavam renovação. Maia é cacique no partido de Onyx Lorenzoni, o deputado gaúcho que foi apoiador de primeira hora de Bolsonaro e com isso ganhou muita força.Pior foi no Senado, onde o país viu dois dias vergonhosos na sexta e sábado até ser escolhido o presidente. Renan Calheiros (MDB/AL) também queria mais um mandato. E foi o senador gaúcho Lasier Martins, eleito pelo PDT em 2014, mas que foi enxotado do partido por votar contra o PT, e então foi para o PSD, que ‘peitou’ Renan, brigando até no STF por voto aberto como forma de fazer cada senador assumir abertamente suas posições. Surgiu Davi Alcolumbre (DEM/AP), jovem senador de primeiro mandato, com 41 anos, para enfrentar Renan. Na sexta, por 50 votos contra 2 foi decidido voto aberto. Na madrugada do sábado Renan Calheiros conseguiu de Dias Toffolii, o presidente do STF, cria de Lula, decisão de voto secreto. Lasier Martins desafiou a decisão, declarou seu voto no microfone e mostrou a cédula. Foi seguido por todos que não queriam Renan, que responde por 14 processos no STF e é simbolo de ‘mutreta’ e corrupção.Foram cenas lamentáveis. Na votação de 81 senadores apareceram 82 votos. Foi tudo anulado e Renan acabou fugindo da briga, renunciando a sua candidatura na segunda votação quado antevia sua derrota. Davi foi eleito com42 votos e renova o comando do Senado.Dos senadores gaúchos, além de Lasier Martins (PSD), que ‘comprou’ a briga com Calheiros e votou abertamente em Alcolumbre, Luiz Carlos Heinze (PP) também mostrou seu voto em Espiridião Amim, senador catarinense do seu partido. Paulo Paim (PT), iniciando seu terceiro mandato, não mostrou seu voto.