Saiu nesta semana o relatório do Ministério do Trabalho sobre a geração de empregos do mês de dezembro e o fechamento do ano de 2011. Os números ligam sinal de alerta. Em 2010 o Brasil bateu o recorde na geração de empregos com 2,5 milhões de novos postos de trabalho criados numa escala que vinha crescendo ano por ano. O então Ministro da pasta, Carlos Lupi, que caiu no final de 2011, apontava que em 2011 seriam 3 milhões de empregos no Brasil. O ano fechou com 1,9 milhão. Muito abaixo da meta e do ano de 2010. O o efeito cascata se verificou também nos estados e nos municípios.
Em Venâncio Aires 2010 marcou a criação de 1.133 novos empregos, levando o prefeito Airton Artus apostar na criação de dois mil empregos em 2011. O município fechou o ano com 498 empregos criados. Em três anos de governo Artus, que recebeu o município com desempenho negativo de 156 empregos em 2008, já gerou 2.123 empregos em 2009, 2010 e 2011.
A frustração de expectativa no Brasil aponta diretamente para um fator que vem sendo levantado por vários setores da sociedade. O processo de desindustrialização, sobre o qual o deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS) assina artigo ao lado.
Serviços e comércio são os grandes geradores de emprego no Brasil. A indústria está em queda. E esse fator deve preocupar, pois na medida em que o setor industrial começa a perder fôlego, a economia como um todo perde fôlego logo adiante.