O tema emprego é debate permanente em todos os lugares. Trazendo para a nossa realidade, vejo que o Sine oferece vagas todas as semanas e muitas delas não são preenchidas, por falta de qualificação profissional de quem se habilita, o que demanda cursos de qualificação, como os que a prefeitura anunciou no segundo semestre do ano passado, mas que até agora não vi notícia de início.
Mas o que me faz trazer o tema, foi uma passagem ocorrida na sexta-feira, 25. Passo todos os dias, várias vezes, na sinaleira da Tiradentes com a Voluntários. Sempre tem os artistas de rua, com seus malabares, bolinhas, etc, uma trupe que anda de cidade em cidade, sinaleira em sinaleira, para ganhar um ‘troquinho’ e ganhar a vida. Mas o ocorrido na sexta foi diferente. Eu era o terceiro da fila de carros na sinaleira e vi que tinha um cidadão alto, forte, com um papelão no meio da pista – coisa que virou moda nas cidades maiores – onde dizia que estava desempregado e pedia ajuda. Quando chegou na janela do meu carro, a do caroneiro, baixei o vidro e perguntei a ele que se queria um emprego para ganhar seu dinheiro. Disse a ele que na Faires estavam precisando de 40 trabalhadores – como me dissera o diretor da empresa, Flávio Bienert, faz poucos dias – e não estavam conseguindo. Ele resmungou, se virou e foi para o próximo carro.
Isso corrobora com o que sempre fala Flávio Bienert, meu colega de escola no Gaspar, dono da Fundição Faires, que precisa de trabalhadores para ampliar a produção da empresa e não encontra. “Em Venâncio só não trabalha quem não quer”, costuma repetir Bienert.
Além das empresas do setor metalmecânico, o que inclui Venâncio, Venax, Refrimate e empresas menores, as tabacaleiras também tem dificuldade em conseguir trabalhadores ‘safristas’ para iniciar o processamento da safra de tabaco. Da CTA, que busca e leva de ônibus trabalhadores do interior e de cidades vizinhas, sei que uma equipe foi a Boqueirão, Sério, Passo do Sobrado, Vale Verde, para recrutar mais trabalhadores.
Notinhas
* Justiça Eleitoral abre de hoje, 3, até dia 1º de abril, a janela partidária, onde deputados federais e estaduais podem mudar de partido. Pelo que se ouve, no RS vai ter muita mudança na bancada estadual e federal.
* Carnaval fez cair ainda mais a máscara da grande mídia. Quando Bolsonaro sai sem máscara e conversa com ‘meia dúzia’ de pessoas, é massacrado, acusado de promover aglomeração e colocar a saúde em risco. No carnaval a narrativa, especialmente do ‘plim-plim’, foi outra. Grupos de pessoas se divertindo com cuidados, diziam os jornalistas. Eram blocos com centenas de pessoas, sem máscara. Isso é jornalismo militante.
* Na sexta Bolsonaro assinou decreto que reduz o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), em até 25%, para automóveis e a linha branca (eletrodomésticos). O destaque do consórcio da grande mídia foi para os R$ 20 bilhões que deixarão de ser arrecadados pela União, Estados e Municípios, e não para a economia no bolso do cidadão que essa redução do IPI vai trazer.
Do Twitter
* Gazeta do Povo: Bolsonaro diz que Brasil corre risco da falta de potássio e pede aprovação de projeto
* Carta Capital: Bolsonaro usa invasão russa à Ucrânia para defender grilagem e mineração em terras indígenas
* Oeste: Guerra enfraquece direita europeia e esquerda brasileira, avaliam diplomatas
* Record: Ministro russo diz que única alternativa às sanções econômicas é a ‘guerra nuclear’
* UOL: Chanceler russo diz que uma 3ª Guerra Mundial seria nuclear e destrutiva
* O Globo: Brasil não assina carta da OEA condenando invasão russa à Ucrânia
* Folha S. Paulo: Moraes determina bloqueio de perfis do Telegram e ameaça suspender aplicativo
* Bolsonaro: Por Decreto reduzimos hoje (25/2), em até 25%, as alíquotas de IPI dos produtos da linha branca e automotivos (geladeiras, fogões, máquinas de lavar, automóveis).