O Auxílio Brasil e o Devolve ICMS

Bolsonaro substituiu o Bolsa Família, auxilio criado nos governos FHC e transformado em Bolsa nos governos de Lula e Dilma, pelo Auxílio Brasil, e vai dobrar o valor para R$ 400, que vai ser pago para 17 milhões de famílias, em ano de reeleição. Se contar só os casais, são 34 milhões de pessoas, e votos. É ajuda aos mais necessitados sim, mas é populismo eleitoral, pois o programa vai só até dezembro de 2.022, depois da eleição e não tem embutida nenhuma ação de qualificação para ajudar este contingente de milhões de brasileiros a sair da miséria. Para presidentes populistas interessa é dar o auxílio e transformar isso em votos. É manter um curral eleitoral de pessoas desqualificadas. Espero que um dia tenhamos um presidente que não se limite a ‘dar o peixe’, por votos, mas que invista também para ‘ensiná-los a pescar’. Só então teremos um país mais desenvolvido. Mas me questiono: os políticos populistas querem isso? Ou preferem manter os ‘currais eleitorais’, dando-lhes migalhas?
E Bolsonaro anuncia criação de auxílio-gás de pelo menos 50% do valor do botijão de 13 kg. Estratégias voltadas mais para a reeleição do que ajudar os mais pobres. Por isso sou defensor que a reeleição deve ser extinta. Que se faça mandatos únicos, de 5, ou 6 anos, mas sem reeleição, para terminar com esses ‘milagres’ eleitoreiros.

Aqui nos nos pagos do Sul o governador Eduardo Leite (PSDB) lançou o Devolve ICMS, programa que vai devolver parte do ICMS pago em parcela fixa para 432 mi famílias – 1,2 milhão de pessoas – de baixa renda, inscritas no Cadastro Único. Uma iniciativa pioneira e inovadora no país. Serão devolvidos R$ 400 fixos por ano, em quatro parcelas trimestrais de R$ 100. O primeiro pagamento será agora em dezembro. Serão beneficiadas famílias com renda mensal de até três salários mínimos nacionais que recebam o benefício do Bolsa Família ou aquelas cujo próprio titular familiar ou algum dependente esteja matriculado na rede estadual de ensino médio regular.
Concordo que o programa é bom. Incentiva as famílias a manterem os filhos na escola. Mas, de novo, não é oferecido, nem exigido, nada de qualificação para mudar a realidade dessas famílias.
De uma média de R$ 200 do Bolsa Família, Bolsonaro salta o Auxílio Brasil para R$ 400 por mês, mais R$ 400 por ano de Eduardo Leite. Se já tem gente que prefere não trabalhar para viver de Bolsas e bicos, agora isso vai ser turbinado.



Sérgio Klafke

Sérgio Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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