Depois da partida ‘tartaruga’ contra a Chapecoense, escrevi que o Inter levaria um ‘sacode’ do Grêmio se não reagisse. E não reagiu; levou um histórico 5×0 no Grenal. E poderia ter sido mais. Uma goleada construída pelo bom momento do Grêmio e pelo mau momento do Inter. D’Alessandro, o capitão do time e mandachuva do vestiário colorado, resolveu ficar de fora, ‘pipocou’. Um time onde o 9 – Lizandro Lopes – não faz absolutamente nada no ataque e ainda consegue armar dois gols para o adversário, e onde um zagueiro – Rever – consegue marcar dois gols contra, não tem jeito.Eu gostei da goleada. Se perdesse por 1×0, apertado, nada mudaria, e a ‘caricatura’ de time continuaria ‘enganando’. O 5×0 vai provocar mudanças, espero que radicais, no Beira Rio, onde está hoje um time de veteranos, com salários milionários, se arrastando em campo, quando o futebol é cada vez mais de intensidade – como joga o Grêmio de Róger -, e jovens promessas que vão afundar caso nada seja feito. Um novo técnico, que coloque ordem, especialmente no vestiário, será fundamental para reiniciar o Inter, ainda neste Brasileiro, porque não.E Mano Menezes negocia. Dizem até que tem salários de R$ 470 mil acertados. O que Mano deve estar esperando para confirmar, é o tamanho da autoridade que terá, afinal com D’Alessandro, Juan, Alex e cia no vestiário, ou manda ou ‘come na mão deles’. Entre Murcy Ramalho, doente; Osvaldo Oliveira, passivo; Celso Roth, chacota, é a hora de Mano Menezes assumir. Tem histórias parecidas, no Guarani em 2002, no Grêmio em 2005, no Corinthians em 2007. Tirou todos de uma situação difícil e foi ao título. O Grêmio, bem o Grêmio tem um bom time, certinho em campo, pegador, mas a falta de elenco vai ser a barreira na disputa pelo título com Atlético MG e Corinthians.