O eleitor votou pela mudança

A campanha eleitoral para prefeito em Venâncio foi diferente devido a pandemia do coronavírus e polarizada. O prefeito Giovane Wickert (PSB) e seu vice Celso Krämer (PTB) buscavam à reeleição, pregando a continuidade de governo e projetos. De outro lado o médico e ex-vereador Jarbas da Rosa (PDT) e sua vice Izaura Landim (MDB), apresentavam uma proposta de mudança. O eleitor foi às urnas no domingo e pelo voto decidiu pela mudança.
As pesquisas eleitorais realizadas pelo Instituto Methodus para a Folha do Mate e Terra FM apontavam uma vantagem de Jarbas entre 25 e 23 pontos percentuais em três rodadas, projetando uma vitória por diferença na casa dos 8 mil votos. Muita gente não acreditava nisso, duvidava, contestava. Mas as urnas no domingo confirmaram as pesquisas da Folha. Na última, publicada na sexta-feira, dia 13, Jarbas tinha 53,9% das intenções de voto e Giovane 30,7%, mais 8,7 de indecisos, mais os brancos e nulos. Sobre votos válidos, a pesquisa mostrava Jarbas com 63,7% e Giovane com 36,7%. Nas urnas Jarbas fez 24.099 votos, 60,55% dos votos válidos e Giovane 15.702 votos, 39,45%.

A enfermeira Izaura Bergmann Landim é a primeira mulher vice-prefeita em Venâncio, ao lado de Jarbas da Rosa, médico eleito prefeito.

Ontem participei da cobertura da Terra FM. Pelo rádio, ao lado de Telmo Kist, que é radialista, foi repórter e colunista de esportes da Folha, foi vereador, secretário municipal, analisamos os acontecimentos e fizemos projeções, mesmo com o atraso da divulgação de números oficiais pelo TSE. Debatemos porque Jarbas venceu e porque Giovane perdeu.
Concordamos que o prefeito Giovane Wickert (PSB) falhou politicamente em momentos cruciais, envolvendo partidos. Deixou o vice-prefeito Celso Krämer (PTB) fazer a articulação, especialmente no Legislativo. O governo chegou a ter 12 dos 15 vereadores na sua bancada em 2018. Por inabilidade política termina o mandato com dez vereadores na bancada de oposição e cinco na bancada governista.
Dois momentos foram fundamentais. E Giovane e Celso fizeram escolhas que lhes custaram caro, envolvendo o vereador Eduardo Kappel (PL). Para ‘bancar’ Kappel, Giovane e Celso perderam o vereador Nelsoir Battisti (PSD) e depois toda a bancada do MDB. Jogaram os dois partidos no ‘colo’ de Jarbas.
Esses foram erros políticos, mas o governo teve outros problemas de gestão, que desgastaram o prefeito Giovane, como a atuação de agentes do governo que desgostavam as pessoas.
E Jarbas da Rosa, que perdeu e eleição de 2016 por 254 votos para Giovane, seguiu fazendo campanha para esta nova disputa. Ele seguiu o trabalho que quase lhe deu a vitória em 2016. E agregou durante quatro anos erros do governo Giovane/Celso para apresentar a sua proposta de mudança, que tem como principal estratégia mudar a forma de tratar as pessoas. Com seu jeito simples, quase ‘mineirinho’, como já escrevi, Jarbas foi avançando, avançando, aglutinou os partidos que Giovane e Celso afugentaram, juntou tudo e ganhou aceitação do eleitor, que comprou a ideia de mudança.
Na eleição para a Câmara, Jarbas fez a maioria de oito vereadores, quatro do PDT, um do PSD, MDB, Republicanos e PSL. A oposição elegeu sete. O PTB faz a maior bancada com cinco e o PSB elegeu dois. Como o resultado saiu tarde ontem, falo sobre isso na edição de amanhã
Jarbas foi eleito prefeito. Ele assume um grande compromisso, de implantar a mudança que pregou na campanha. Ele já manifestou que sua equipe de governo vai ter servidores públicos de carreira e vai trazer gente técnica. Secretários do governo do prefeito Airton Artus (PDT) devem estar na equipe de Jarbas, mas ele deve ter nomes novos também.
O prefeito Giovane, quando a diferença estava em sete mil votos, já admitiu a derrota. Disse que o eleitor optou pela mudança e que tem o sentimento de dever cumprido. No último debate, ele ainda destacou que recebeu um governo com R$ 5 milhões de dívidas vencidas e vai terminar seu governo no ‘azul’.
Jarbas e Izaura assumem em janeiro. Nós, da Folha, estaremos presentes, contando a história de mais uma administração municipal de Venâncio Aires, como fazemos desde 1972, quando foi fundado o jornal.
Vamos ser parceiros dos bons projetos e fazer as cobranças que a comunidade exige. Como em todos os governos.
Sempre torcendo pelo desenvolvimento de Venâncio.

 



Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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