Presidente Lula x Bolsonaro
As urnas decidiram ontem que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) vão para o segundo turno, dia 30 de outubro, quando os brasileiros votam novamente, para decidir que vai governar o pais pelos próximos quatro anos. Lula fez 56 milhões de votos e Bolsonaro 50 milhões. Os dois juntos somaram 92% dos votos, diferente de todas as eleições a anteriores, quando outros candidatos fizeram votação melhor. A votação de ontem caracterizou a polarização que tomou conta do país, entre esquerda e direita. O resultado derrubou as pesquisas eleitorais Datafolha e Ipec para o Consórcio da Grande Mídia, liderado pela Folha de S. Paulo e Globo, que davam 52% para Lula e 36% para Bolsonaro. Claramente tentaram induzir o eleitor.
Governador Onyx x Leite
Na eleição de governador Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) foram para o segundo turno, num resultado que surpreendeu também. As urnas também derrubaram as pesquisas Datafolha e Ipec para a RBS, que apontavam Leite com 38% dos votos Onyx com 27% e Edegar Pretto (PT) com 17%. Nas urnas Onyx disparou e fez 37,5% dos votos. Leite fez 26,81% e Pretto 26,77%. Por menos de 3 mil votos Leite tirou Pretto do segundo turno, numa disputa que foi até o final da apuração. Onyx vem em dobradinha com Bolsonaro para o segundo turno. Leite vai atuar para conseguir atrair os votos da esquerda, que ficou pela segunda vez fora da disputa do segundo turno da eleição de governador no RS. Será uma nova eleição que começa a definir apoios dos dois lados nesta semana.
Mourão Senador
Para o Senado os gaúchos elegeram Hamilton Mourão, vice-presidente da República, que concorreu pelo Republicanos, também contrariando as pesquisas, que davam ele como terceiro lugar, atrás de Olívio Dutra (PT) e Ana Amélia (PSD). Mourão foi beneficiado pelo voto útil do centro e direita que na reta final desistiu de Ana Amélia para votar no General, barrando a eleição de Olívio, candidato único da esquerda. Mourão junta-se a Paulo Paim (PT) e Luiz Carlos Heinze (PP) como senadores gaúchos em 2023.
Schuch e Moraes reeleitos
Na eleição proporcional para deputados federais e estaduais, a maioria dos federais gaúchos se reelegeu. O Coronel Zucco, que foi estadual mais votado em 2018 com 166 mil pelo PSL, agora foi o federal mais votado, pelo Republicanos, com 259 mil votos. Os dois ‘deputados’ de Venâncio, Heitor Schuch (PSB) e Marcelo Moraes (PL), que são de Santa Cruz, mas foram novamente os mais votados aqui, se reelegeram. Schuch fez 77.616 votos, dos quais 9.067 em Venâncio, onde repetiu sua votação de 2018. Marcelo Moraes (PL) fez 84.247 votos, dos quais em Venâncio 6.514, bem mais que os 3,7 mil em 2018.
Sem deputado estadual
O sonho de Venâncio eleger novamente um deputado estadual, depois de 28 anos, quando Gleno Scherer (PMDB) se elegeu em 1994, se frustrou novamente.
Airton Artus (P|DT) fez 24.319 votos, dos quais 16.309 em Venâncio, onde aumentou sua votação, que foram de 13 mil em 2018. Mas repetiu a votação de 2018, quando ficou como 1º suplente como agora. Ficou sem a quarta cadeira do PDT por 627 votos para Gilmar Sossella. Em 18 ficou fora por 199 votos para Luiz Marenco.
Giovane Wickert foi muito mal. Ele fizera 22 mil votos em 2014 e agora fez 13.650 votos, dos quais 7.933 em Venâncio. Ficou na segunda suplência do PSB que elegeu só Elton Weber.
Celso Krämer também foi muito mal, com os 7.588 votos pelo Podemos, dos quais 1.820 em Venâncio. Krämer tinha feito 15 mi, votos em 18 no PTB.
Os Vales
O Vale do Riio Pardo manteve sua representação. Reelegeu os federais Heitor Schuch (PSB) e Marcelo Moraes (PL), e reelegeu os estaduais Kely Moraes (PL) e Adolfo Brito (PP) para seu 8ºmandado, além de eleger Edvilson Brum (MDB), ex-prefeito de Rio Pardo que fez 33 mil votos e garantiu a cadeira do seu irmão Edson Brum (MDB), que foi para o TCE.
E O Vale do Taquari, que desenvolveu um grande projete para eleger representantes, ficou novamente sem deputado estadual e sem deputado federal.
A eleição ainda vai render muito assunto pela frente.