No sábado teve início a Copa Serrana em Linha Madalena, reunindo equipes da região serrana do município. Uma competição que se mostra bem estruturada e organizada e já vai para sua sexta edição. E isso acontece num momento em que a Taça da Amizade recebe críticas. E o Municipal da Assoeva nem saiu em 2011.
Isso me me fez voltar no tempo e fazer uma resenha do esporte amador. Sou do tempo em que ainda não existia campeonato. Jogavam-se os famosos torneios. Quando tinha meus 15 e comecei a jogar no Fluminense de Sapé, ainda peguei o final deste ciclo. Ai surgiu um campeonato organizado pelo CMD, ligado a Prefeitura no final dos anos 70. Por alguns anos deu certo, mas a política minou a organização. Surgiu então, por iniciativa do prefeito Almedo e do desportista José Cassiano Braga, a Assoeva, que Cassiano presidiu. E o Campeonato Municipal teve início. Com Taça de Ouro e Taça de Prata, chegou a reunir 48 clubes numa competição, lá no meio dos anos 80. Alguns clubes, como Flor de Maio de Linha Travessa e Santa Tecla, por exemplo, começaram a pagar jogadores para formar as grandes equipes que tiveram. Mas isso começou a fazer muitos clubes, sem patrocinadores ou dirigentes abonados, desistirem do municipal. Nos anos 90, Gerson Ruppenthal, que jogava e era dirigente no Matriz de Linha Brasil e outros nomes, criaram a Taça da Amizade, competição que deveria ser disputada por clubes com seus atletas das comunidades. A nova ideia cresceu e o Municipal caiu muito. Passaram-se os anos e a Taça da Amizade começou a abrir porteiras, permitindo a presença de jogadores de fora das comunidades, pagar atleta etc.
Chegamos ao ponto de em 2011 a Assoeva não ter realizado o Municipal, a Taça da Amizade virou o que era o antigo Municipal, e cresce a Copa Serrana, que quer as equipes com times formados por atletas das comunidades.
São ciclos que acontecem.
Irineu Henn, ligado ao Juventude de Vila Arlindo no passado, assumiu a presidência da Assoeva, e quer, além de tocar o futsal, retomar o Municipal de futebol de campo.