No domingo saiu o jogo anual do time da Folha na Assespe em Grão Para. Desta vez foi contra o Amigos da Bola e levamos 5×2. Faltou entrosamento. Mas o bom mesmo foi o ‘churrascão’ que foi servido depois do jogo pela equipe lidera pelo colega aqui da Folha Claudio Weschenfelder, presidente da Assespe.Encontrei por lá Nori Schonarth e batemos um papo. Nori foi um 10 clássico nos anos 60 e 70. Era do Caramuru do Grão Para, fez testes no Inter, jogou no Guarani como profissional e no Palanque no fim de carreira, além de outras equipes. Com 72 anos, Nori está ‘inteiro’ e me disse que trabalha na roça e todos os dias pela manhã ainda faz a sua ‘física’ dos tempos de jogador. Me contou algumas histórias da bola. Cheguei a jogar contra Nori em fim de carreira no Caramuru no final dos anos 70, quando eu começava a pegar o ‘primeiro’ do Fluminense de Sapé, com 15 anos.Mas lembro de Nori no início dos anos 70 no Guarani, no time profissional que jogava a Copa Governador. Numa vitória contra o Encantado aqui em em março de 1973 por 2×0, como fui conferir nos arquivos da Folha, o time índio teve Maurício, Elói, Gildo, Kéti e Zangão; Darci Porto, Nori e Betinho; Romeuzinho, Guido e Airton. Toco e Kim entraram durante o jogo. Um time ‘da casa’ mas que tinha qualidade e era pegador.Nori era um armador daqueles que a bola podia chegar quadrada que ele deixava redonda. Marcava, armava, lançava e fazia gol. Disse pra ele na conversa, e é real: Se ele nascesse hoje, viraria milionário na bola, assim como outros jogadores, que nasceram e jogaram em tempos quando não existia o profissionalismo e o mercado dos dias de hoje, onde se vê tanto ‘perna de pau’ em times grandes e ganhando fortunas.
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