
No RS a eleição de domingo também confirmou o que indicavam as pesquisas, um pouco distante dos números apontados, mas confirmaram Eduardo Leite (PSDB) novo governador. O jovem advogado, que foi vereador e prefeito em Pelotas, faz uma carreira meteórica até o Piratini, onde chega aos 33 anos, como mais jovem governador eleito nesta eleição. No RS só Júlio de Castilhos, entre 1891 se elegeu mais novo do que isso, com 32 anos.As pesquisas indicavam 60% para Leite e 40% para Sartori faltando uma semana para a eleição. Um dia antes indicavam 57% contra 43%, uma diferença de 14 pontos. Nas urnas a diferença foi de 7,24 pontos, a metade do que indicavam as pesquisas. Leite fez 3,1 milhões de votos (53,62% dos votos válidos e Sartori 2,7 milhões de votos (46,38%). Uma diferença de 422.716 votos.Os dois projetos propostos eram mais conservadores. O eleitor gaúcho manteve sua tradição de nunca ter reeleito um governador e escolheu a mudança com o jovem Eduardo Leite, que promete um estado mais ágil, mais moderno. Leite levou votos dos partidos de esquerda ao prometer pagar em dia os salários dos servidores ainda em 2019, que Sartori paga parcelado faz 30 meses. Assume com esta pressão, mas também com a proposta de rejuvenescer a política riograndense, trazendo para seu governo uma nova geração.Lucas Redecker, deputado estadual que se elegeu federal é cotado para ser o Chefe da Casa Civil. Vinícius Medeiros, amigo de Leite da Juventude Tucana, que concorreu a deputado estadual por Venâncio, também deve estar no novo governo.E o governador Sartori, de maneira altaneira, disse que agora é preciso conciliação geral e se coloca a disposição para ajudar o novo governo, ao contrario do clima nacional, onde os partidos que apoiaram Haddad anunciam resistência. A expectativa é de novos tempos nos pampas. Que assim seja.