Com R$ 5 bilhões de déficit no orçamento de 2015, e que tende a ser ainda maior nos próximos anos, se nada for feito, o governador José Ivo Sartori terá que fazer ‘das tripas coração’ para não decretar falência. O ‘gringo’ assumiu,já cortou secretarias e CC’s – Tarso tinha 2,9 mil CC’s e Sartori nomeou no seu governo a metade disso 1,4 mil – e terá que cortar em outras áreas e mais fundo. Cortar despesas e aumentar receitas é a fórmula.
Para aumentar a receita a cobrança de dívidas milionárias é uma das frentes que está sendo atacada, mas que deve ser realmente incisiva. Aumentar o ICMS é a alternativa de Sartori para colocar mais R$ 2,9 bilhões anuais no orçamento para recuperar um equilíbrio. Os projetos vão para a Assembleia e vejo boa parte da sociedade gaúcha admitindo o sacrifício para tirar o Rio Grande da ‘mer..’ em que está.Em Brasília, onde o dinheiro parecia que ‘brotava em árvore’, começa uma nova fase. A Presidente Dilma vem produzindo resultados negativos um em cima do outro. Cada vez menos empregos, e a receita caindo e a despesa aumentando. Em julho o Brasil teve o pior resultado desde 1997. Gastou R$ 7,2 bilhões a mais do que arrecadou. No primeiro semestre o resultado foi deficitário de R$ 9 bilhões de gastos a mais do que receitas, contra um superávit de R$ 15 bilhões no mesmo período em 2014.A saída também é pensar em mais impostos. E é o vice Michel Temer (PMDB) que faz o ‘balão de ensaio’, admitindo a recriação da CPMF, o imposto sobre as movimentações bancárias. O ‘apelo’ é de que será para a saúde, quando sabemos que na primeira vez – em 1996 – isso não foi cumprido e não será nesta segunda vez, se vier a acontecer a cobrança.Duas situações de falta de dinheiro, mas duas situações diferentes. Sartori, de bolso vazio, vai fazendo a ginástica que é possível ou necessária, para pagar salários, enquanto busca saídas para a situação. E tem a confiança dos gaúchos.
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Em Brasília, onde o dinheiro começou a escassear, a reação é diferente. A sensação que se tem – mesmo que não seja esta a mais pura realidade – é de que de tanto os políticos do PT e seus aliados desviarem dinheiro do governo, o ‘caixa está secando’ e será preciso produzir formas de aumentar a receita.A diferença toda é de credibilidade, de um e de outro governo.
