Saiu ontem o balanço da Previdência Social em 2011. São números grandes e que mostram paradoxos. No acumulado do ano, o setor urbano registrou superávit: R$ 20,8 bilhões – aumento de 135,1% em relação ao mesmo período de 2010, quando o resultado foi de R$ 8,8 bilhões. A receita total da Previdência em 2011 foi de R$ 245,7 bilhões (aumento de 9% se comparado a 2010) e a despesa com pagamento de benefícios foi de R$ 224,9 bilhões (crescimento de 3,8%).Um sistema superavitário. Mas na soma com o rural abre-se o rombo. No acumulado de 2011, o setor rural apresentou arrecadação de R$ 5,5 bilhões, 4,4% maior que a registrada em 2010. A despesa com pagamento de benefícios foi de R$ 62,8 bilhões – um aumento de 2,7% em relação a 2010. O aporte do Tesouro Nacional, feito para equilibrar as contas – previsto constitucionalmente – alcançou R$ 57,3 bilhões.O resultado total da Previdência, somando urbano e rural, em 2011 aumentou em R$ 36,5 bilhões o déficit. A arrecadação acumulada no ano foi de R$ 251,2 bilhões e a despesa, R$ 287,7 bilhões, gerando uma necessidade de financiamento de R$ 36,5 bilhões – o melhor resultado desde 2003. Em relação ao mesmo período de 2010, quando o resultado ficou negativo em R$ 47,0 bilhões, houve uma queda de 22,3% no déficit.