A rede Globo, mais poderoso grupo de comunicação do país, e um dos cinco maiores do mundo, faz a cada eleição as aguardadas entrevistas e o debate final entre candidatos a Presidente da República. Nesta semana estão sendo feitas entrevistas, ordenadas por sorteio. O primeiro foi o Presidente Jair Bolsonaro (PL), na segunda, 22. E deu o que falar. William Bonner e Renata Vasconcelos foram duros, com semblantes raivosos em alguns momentos, como fazem desde que ele foi candidato em 2018. Tirando caras e bocas, risadinhas de deboche dos jornalistas, para tentar desestabilizar Bolsonaro, entendo que foi muito válido, desde que fosse para todos. Os dois foram duros, mas Bolsonaro estava lá, ao vivo, para poder responder, coisa que não teve durante quatro anos em que a Globo o ataca. E Bolsonaro se saiu bem, melhor do que o esperado, controlou o seu destempero.
Na terça foi a vez de Ciro Gomes (PDT), sempre o terceiro em várias disputas presidenciais. E o comportamento de Bonner e Renata, foi ameno. Falaram de plano de governo, sem tentar desestabilizar o candidato. E Ciro foi bem, no meu entender. Ele fala de economia com conhecimento, falou de propostas que, penso, seriam soluções que o país precisa. Mas Ciro sempre é terceiro e em mais uma eleição não consegue quebrar essa barreira.
Com Bolsonaro, Bonner mais debateu do que entrevistou. Acho até que falou mais do que o entrevistado. Se ateve só a episódios negativos do governo e não perguntou sobre planos para um segundo governo. Nesta linha, resta aguardar hoje, quando o ex-presidente Lula será o entrevistado. Se o JN vai passar os 40 minutos perguntando sobre o passado de Lula, sobre o Mensalão, o Petrolão, sobre a sua prisão e dos seus ministros por desvio de dinheiro público. Porque é a favor da liberação da maconha e do aborto. Porque disse ‘‹Ainda bem que natureza criou coronavírus›. E o que tem naquela garrafinha, que os assessores tiram dele quando começa a se exaltar nos discursos. Para ser justo, tem que ser por aí. Se não for, a Globo vai estar ‘passando recibo’ de que quer a volta de Lula e os bilhões de cala-boca para a grande mídia, que Bolsonaro reduziu drasticamente.
A rodada de entrevistas com os principais candidatos fecha amanhã, com a senadora Simone Tebet (MDB), que cumpre tabela, pois a realidade é que a eleição está polarizada. Vai dar Lula ou Bolsonaro.
Notinhas
- Celso Krämer e Silvia Schirrmann, candidatos a deputado estadual e deputada federal pelo Podemos, fazem o lançamento oficial da campanha da dobradinha nesta sexta, às 19h30min, na Sede dos Motoristas, na RSC-287.
- Candidato à reeleição, o deputado federal Heitor Schuch (PSB), fez o lançamento da sua campanha regional em Candelária, na terça à noite. O anuncio foi em dobradinha com o estadual Elton Weber, de Nova Petrópolis, seu parceiro de representação dos STR’s do estado, e o ex-prefeito de Venâncio, Giovane Wickert, candidato a estadual.
- MP da argentina pede 12 anos de prisão por corrupção para a atual vice-presidente do país, Cristina Kirchner, que foi presidente entre 2007 e 2015. A acusação é dela ter desviado um bilhão de dólares dos cofres públicos no seus governos. Quase todos os presidentes de esquerda na América Latina desviaram dinheiro público bilionário, foram denunciados, alguns presos. Parece ser parte da ideologia.
- O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta semana que o Brasil deve ter ainda dois ou três meses de deflação em razão do corte de impostos. O IPCA de julho recuou 0,68%, menor taxa desde 1980. Já para 2022, ele afirma que a inflação deve chegar aos 6,5%, ou talvez um pouco menos.
- Fernando Knies, do posto Shell, enviou ontem card promocional com gasolina abaixo dos R$ 5, quarta e quinta. Ele baixou para R$ 4,99 o litro. A maioria das cidades da região já tem gasolina abaixo de R$ 5.