Pagando por ar nos canos de água?

Aqui na Folha é comum recebermos reclamações de moradores contra a Corsan por falta de água nas torneiras. E os bairros da região mais alta da cidade são os mais atingidos. Existe até um grupo criado por moradores em rede social, onde todos se comunicam, lamentam a constante falta de água, se mostram desesperançados com a Corsan que promete estar trabalhando para que todos tenham água de forma permanente, mas nas torneiras a realidade não muda. Quem não tem reservatório cansa de chegar em casa do trabalho e ter a torneia seca. Nos fins de semana tem sido uma constante a falta de água.

Nesta semana recebi relato de Alceu Algayer, morador da Cidade Alta, último da sua rua na rede da Corsan. Ele fez uma longa descrição do seu descontentamento, que vai ser reportagem na edição de amanhã, onde questiona os 36 mil litros de água que lhe foram cobrados em setembro, quando sua média varia entre 15 e 20 mil litros por mês. Ele argumenta que nada de diferente aconteceu. Não teve vazamento, os costumes da família não mudaram, mas a Corsan cobra.

Alceu, assim como muitos moradores, questiona se na falta de água por rompimento de rede, os canos se enchem de ar e quando volta a água, primeiro sai todo ar para os ramais residenciais acionando o relógio contador com maior velocidade. O questionamento tem lógica, pois quando a falta de água é mais frequente e em tempo maior, as contas disparam mais.

 

Notinhas

* Mais uma senhora idosa caiu no ‘conto do bilhete’ e entregou R$ 20 mil nas mãos de golpistas pela promessa de ganhar R$ 100 mil de um bilhete premiado. Assim como eu muitas pessoas se questionam: e as câmeras de segurança que monitoram a cidade com certeza registram estas ações no centro, como defronte a Caixa Federal para que a Polícia identifique e prenda golpistas.

* Vianei Hammes falou nesta semana no Terra Esportes que a ideia era da Assoeva encerrar o futsal em 2020 por falta de apoio, mas que isso está sendo revisto com possibilidades de continuar, disputando o Estadual e Liga Nacional. Depende de apoios. Pelo público minguado que tem ido aos jogos não vale a pena continuar.

* IBGE divulga dados de pesquisa que ganharam manchetes na grande imprensa ontem, mostrando que metade dos brasileiros (100 milhões de pessoas) vive com R$ 413,00 por mês. Intrigante. Tenho impressão que muitos estudos e manchetes ‘antes’ eram turbinados para cima e ‘agora’ são turbinados para baixo. É o que Bolsonaro quer dizer quando fala que o Estado e imprensa estão ‘aparelhados’.

* MST invadiu ontem área de 460 hectares onde funcionava a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), em Taquari. Cerca de 200 sem-terra de várias reguões do estado, acomparam e reivindicam a área alegando que está desativada desde que o governador Sartori extinguiu a Fepagro.

* STF começou ontem mais um julgamento sobre prisão em segunda instância. Mas Dias Toffoli adiantou que a conclusão deve acontecer somente na próxima semana.

 

Do Twitter

* Veja: Bolsonaro é gravado tramando contra líder do PSL após garantir que não articulava para isso

* UOL: Bolsonaro diz que possível grampo de áudios sobre PSL é “desonestidade”.

* Estadão: Grupo de Bolsonaro perde e ala de Bivar mantém liderança na Câmara

* Estadão: DEM articula fusão com ala pró-Bivar do PSL.

* Exame: Relator exclui Dilma e Lula do relatório da CPI do BNDES.

* O Globo: Toffoli diz que julgamento sobre segunda instância vai se estender até semana que vem.

* O Globo: Lula, Dirceu e mais 13 da Lava-Jato podem sair com novo entendimento do STF sobre 2ª instância.

* Band: Fux diz que derrubar prisão após 2ª instância seria ‘retrocesso’.

* Fernando Haddad: Não quero discussão sobre 2ª instância, mas anulação do processo, diz Lula.

* Gleisi Hoffmann: STF precisa fazer valer a Constituição Brasileira, garantindo a presunção de inocência e o direito à ampla defesa. Não faz sentido uma carta magna que vale pela metade e sem assegurar direitos previstos no ordenamento jurídico.

* Amoêdo: Corruptos e outros condenados em segunda instância devem ficar na cadeia. Alterar este entendimento é um passo contrário a um Brasil sem impunidade.

* Diego Casagrande: STF começa a decidir hoje se esculhamba ainda mais o já cambaleante sistema penal brasileiro. Com apoio da OAB e de criminalistas cheios da grana, não desistem de manter o sistema de castas e impunidade brasileiro. Até quando violentarão os cidadãos de bem?



Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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