De Bebedouro, SP, o caminhoneiro autônomo Lotário Wessling, envia informações sobre a paralisação nacional que os caminhoneiros do Brasil marcaram para hoje, 25 de julho, Dia do Colono e do Motorista.

“Por considerar oportuno, passo algumas observações resultantes de muitas conversas com colegas, sobre as expectativas da paralisação dos caminhoneiros, em nível nacional, anunciada para hoje, dia 25. Há quase um consenso de que, nossa classe vai servir de massa de manobra para grandes frotistas, os monopólios. Corremos o risco de toda classe ser “usada” para pressionar o governo a resolver problemas dos grandes em detrimento da classe como um todo. Mais do que isso, sufocando conquistas recentes, como por exemplo, a jornada de trabalho decente, principalmente para os empregados. As autoridades competentes não podem permitir que, os grandes responsáveis pelo submundo que se instalou gradativamente no setor, e, afortunou gananciosos, (maus empresários), que contribuem para produzir desgraças de toda ordem, (desestruturação social), saiam vitoriosos neste movimento.A expectativa da maioria é de que, com a firme disposição das grandes empresas pararem seus caminhões, muitos vão parar para evitar se meterem em possíveis tumultos, engrossando assim, o movimento rapidamente. Assim, pelos comentários, a paralisação deve realmente causar algum impacto. O que vai resultar disso é a grande incógnita. Por envolver interesses de poderosos e decisões da ANTT, supostamente “contaminada”, como praticamente todas as agencias reguladoras de nosso país, e, neste caso agravado pelas concessionárias de rodovias, que estão no meio desse rolo todo, tudo pode acontecer. Mais ainda, com a “mãozinha” da parte podre da grande mídia domesticada, (comprada), para manipular a opinião pública.Portanto, independentemente do impacto da paralisação, dificilmente algo de bom resultará para os caminhoneiros, que realmente enfrentam no dia a dia as adversidades provocadas pela precária infraestrutura e frouxidão dos órgãos fiscalizadores desse nosso país continental. Mas, apesar disso, como somos calejados pelas agruras, otimistas e aventureiros por natureza, devemos acreditar e torcer que não piore, e que São Cristóvão nos proteja. Amém”.