A ex-deputada Juliana Brizola, candidata à prefeitura de Porto Alegre pelo PDT, que ficou em terceiro no primeiro turno, com 19,69%% (136 mil votos), por orientação do diretório nacional, presidido por André Figueiredo e que tem sua liderança maior em Calos Lupi, Ministro da Previdência de Lula, anunciou apoio à deputada do PT, Maria do Rosário, no segundo turno. Maria teve 26,28% (183 mil votos) contra 49,72% (345 mil votos) do prefeito Sebastião Melo, no primeiro turno.
A eleição de Porto Alegre se transforma em disputa de direita contra a esquerda. Sebastião Melo (MDB) tem como vice a militar Betina Worm (PL), com apoio do PP, Republicanos, PSD, Podemos, PRD e Solidariedade, desde o primeiro turno. Agora soma o PSDB, do governador Eduardo Leite e o Novo. Maria do Rosário (PT) tem como vice Tamyres Filguera (PSol). Além da Federação PT, PC do B e PV e PSol, tem o apoio do PSB e Rede. E agora no segundo turno terá apoio do PDT.
A decisão de Porto Alegre deixa em ‘saia justa’ as lideranças do PDT em Venâncio, onde o partido tem o deputado Airton Artus, o prefeito reeleito Jarbas da Rosa e o vereador mais votado Tiago Quintana como principais lideranças. Artus, que foi coordenador na área da saúde da campanha de Juliana Brizola, na quarta, 9, sugeriu que o PDT optasse pela neutralidade no segundo turno em Porto Alegre. Na quinta, 10, por orientação do diretório nacional, o PDT da capital anunciou apoio ao PT.
Nos bastidores da política local circula a informação de que, desgostos com a posição do partido na eleição de Porto Alegre, lideranças do PDT em Venâncio podem avaliar inclusive a migração em massa para uma nova sigla, de centro. Conhecendo as lideranças do partido aqui, sei da indignação de serem chamados de ‘puxadinho do PT”. Isso entala na garganta.

Notinhas

  • Oktoberfest de Santa Cruz do Sul iniciou no fim de semana e registrou presença de 150 mil pessoas. O desfile no centro, no domingo, foi o maior da história, com 6,8 mil figurantes na rua e 40 mil espectadores nas calçadas, contando o Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil. Sucesso.
  • O PL é o partido que mais fez votos para prefeito no Brasil no primeiro turno da eleição municipal. Foram 15,9 milhões de votos. O crescimento foi de 236%, o maior entre todos os partidos. PSD foi o segundo, com 14,5 milhões de votos. O MDB foi terceiro, com 14,4 milhões e o União Brasil o quarto, com 11,3 milhões. São os quatro com mais de 10 milhões de votos.
  • O jovem bolsonarista, Lucas Pavinato (PL), 26 anos, foi o vereador mais votado no Brasil, com 161.386 votos, em São Paulo. Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o segundo, com 139.480 votos. Ele se elegeu para o sétimo mandato consecutivo, com recorde de votação no Rio de Janeiro.

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