Agora na quinta, 22, começaram a chegar máquinas da Construtora Pelotense para iniciar as obras do asfalto de 16 km da RS-244, entre Venâncio Aires, a partir do entroncamento da RSC-287 com a RSC-453, até Vale Verde, onde a RS-244 já está asfaltada até General Câmara em direção a região metropolitana e porto de Rio Grande.
Anunciada em 1997, esta obra iniciou no final de 1998, no final do governo Antônio Brito (PMDB), com a construção das pontes, mas ele não se reelegeu. Em 1999, quando Olívio Dutra (PT) assumiu o governo, a obra parou, e nunca mais foi retomada. Em várias oportunidades foram feitos movimentos pela obra em campanhas eleitorais. Em 2006 Leandro Hagg, quando concorreu a deputado estadual pelo PSDB, levantou essa bandeira. Não conseguiu, mas seguiu lutando pela obra até os dias atuais, onde busca apoio de tucanos no governo, como Jonatan Brönstrup, ex-prefeito de Teutônia, que foi Chefe de Gabinete da Casa Civil no governo Leite, e agora concorre a deputado estadual.
Em 2010 o prefeito Airton Artus (PDT) conseguiu que a então governadora Yeda Crusius (PSDB) autorizasse o reinício das obras, mas ela não se reelegeu e o asfalto não saiu do papel, nem no governo seguinte de Tarso Genro (PT).
O ex-prefeito Giovane Wickert (PSB) adotou a retomada da obra como bandeira de campanha para deputado estadual em 2021, com outras lideranças da região, como o prefeito de Vale Verde, Carlos Gustavo Schuch (MDB) e deputados do Vale. Foi feita uma proposta – confirmada pelo Governo – de permutar um horto da antiga CEEE com a construtora Pelotense que detém o contrato original da obra, repactuado em 2010 no governo Yeda Crusius (PSDB), mas que não saiu do papel. Quando assumiu como secretário estadual Adjunto de Obras, em 2021, Wickert ‘mexeu os pauzinhos’ no governo e conseguiu fazer com que o início da obra fosse feito em 2 de junho, prazo da legislação eleitoral para começar obras, com recurso ‘simbólico’ de R$ 500 mil. Veio uma máquina, raspou um pouco da estrada e parou.
Agora no dia 9 de setembro, quando o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) esteve em Venâncio em campanha com Gabriel Souza (PMDB), seu candidato a vice, foi feita nova cobrança pela obra por Leandro Haag e Gustavo Schuch, como mostrei na coluna. Leandro Haag entregou um dossiê com reportagens da Folha do Mate, que acompanha essa história desde o início. Leite e Gabriel se comprometeram com a obra. E agora na quinta, 22, começou a chegar gente e máquinas da Pelotense. Mas pelo que me relata Leandro Haag, dentro dos R$ 500 mil já liberados. É preciso garantir o dinheiro da permuta do horto, que dá para 50% da obra, e ‘brigar’ por dinheiro do governo para conclusão do trecho desta estrada, tão importante para a região.
Sicredi VRP celebra seus 103 anos
Na quarta, 21, a Cooperativa de Crédito Sicredi Vale do Rio Pardo, comemorou seus 103 anos. Para marcar a data o presidente Heitor Petry e sua equipe convidaram 180 lideranças dos nove municípios da base de atuação da Cooperativa, na sede regional de Santa Cruz do Sul.
Na sua saudação aos convidados, Petry historiou rapidamente o Sicredi VRP, que tem 60 mil sócios, 284 colaboradores, com agências em nove municípios da região; Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Rio Pardo, Vera Cruz, Sinimbu, Herveiras, Passo do Sobrado, General Câmara e Vale Verde. No Brasil são 6 milhões de associados, com 2,3 mil agências, distribuídas em 108 Cooperativas, espalhadas por todos os estados e contam com 35 mil colaboradores.
Petry destacou os investimentos em energia solar. Disse que das 7.190 usinas instaladas na região de atuação, o Sicredi VRP financiou 60% delas. Citou que, se levado em conta o fator geração x potência por habitante, Florianópolis é o 1º no Brasil, Santa Cruz o 2º e Venâncio o 3º. O RS é o 1º entre os estados em energia solar.
Para marcar o aniversário, Geane Guerra, jornalista econômica do grupo RBS, fez uma palestra sobre a relação da economia com o meio ambiente, falando sobre produção de energia limpa no Brasil e no mundo.
A noite foi encerrada com coquetel para os convidados, com a presença da vice-prefeita de Venâncio, Izaura Landim, do secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, vereador Nelsoir Battisti, do presidente da Caciva, Vilmar Oliveira e conselheiros do Sicredi na Capital do Chimarrão.
Dinheiro dos candidatos
Os candidatos seguem recebendo doações do Fundo Partidário, via partidos e de outros doadores. No caso dos candidatos de Venâncio, quase todos doadores fora do Fundão são familiares.
Na prestação de contas de recursos recebidos até ontem a tarde, Celso Krämer (Podemos), candidato a deputado estadual, seguia sendo o candidato lançado em Venâncio com mais recursos recebidos para fazer campanha. Ele somava R$ 505 mil. São R$ 420 mil do Podemos, R$ 24 mil da campanha a federal de Silvia Schirrmann, R$ 7,6 mil do candidato a federal Joel Alves Machado, R$ 19 mil próprios e R$ 9,7 mil da esposa Ivanir.
Giovane Wickert (PSB), também candidato a estadual, tinha registrados R$ 244 mil. São R$ 166 mil da campanha a federal de Heitor Schuch, R$ 24 mil da campanha a federal de Dalciso Oliveira, R$ 8,9 mil do presidente do PSB, Mario Bruck, também candidato a federal, R$ 7,6 mil do vereador suplente Jairo Bencke e R$ 6,9 mil próprios.
Airton Artus (PDT), também a estadual, recebeu até aqui R$ 238 mil de recursos. São R$ 163 mil do PDT, R$ 30 mil da esposa Miriam, R$ 14 mil do irmão Luiz Paulo, R$ 13 mil próprios, R$ 7 mil da filha Natália e R$ 5 mil da filha Luciana.
A candidata a federal, Silvia Schirrman, tinha registrado no TSE, R$ 108 mil recebidos em recursos. São R$ 90 mil do Podemos, R$ 4,5 mil de Giovane Konzen, R$ 4,5 mil de André Schirrmann e R$ 4,5 mil próprios, além de R$ 2,1 mil de Celso Krämer.
Dos candidatos a governador quem tem mais dinheiro na campanha é Onyx Lorenzoni (PL) R$ 10 milhões. Roberto Argenta (PSC) tem R$ 6,5 milhões, Eduardo Leite (PSDB) R$ 5,4 milhões, Vieira da Cunha (PDT) R$ 5,2 milhões, Edegar Pretto (PT) R$ 4,4 milhões e Luiz Carlos Heinze (PP) R$ 3,9 milhões.
Para presidente com as principais campanhas, Lula (PT) tem R$ 90 milhões, Simone Tebet (MDB) 36 milhões, Ciro Gomes (PDT) R$ 33 milhões, Bolsonaro (PL) R$ 31 milhões e Soraya R$ 22 milhões.
Valores invertidos
Recebo do leitor Nelson Bruch, um comentário sobre a nota “O direito de não trabalhar”, que publiquei na coluna de quinta, 22.
“A tua abordagem reflete um estado de coisas em que os valores estão e são expostos de modo invertido em nossa sociedade, causando reações imediatas de atores que cultivam essas ideias…ou ideais… A manifestação do dito mestre formado pela UFPEL é uma demonstração cabal do que está sendo difundido conceitualmente em nossas universidades (em particular as públicas, não que as particulares estejam isentas disto), o que acaba se refletindo em toda a sociedade e virando uma verdade para muitos. Na minha visão, o cerne da questão está na primeira palavra usada pelo tal mestre da UFPEL (não sei se lá leciona ou somente é formado por lá), palavra essa que foi por demais valorizada e utilizada por ocasião da redação da nossa constituição de 1988: DIREITOS”, me descreve Nelson, gerente da CEF aposentado.
Não à reeleição
Do leitor Eldo Schuh, da Estância Nova, apoiador de Bolsonaro, recebo uma abordagem sobre as eleições. “Acredito que a grande maioria dos eleitores quer novas leis no nosso ordenamento jurídico, principalmente nas leis penais. O que observamos nos últimos anos, com a esquerda no poder, é o aumento da criminalidade e a impunidade fazendo com que a bandidagem avance, num crescendo alarmante, tendo certeza de que não serão punidos ou que a pena de tão branda não inibirá o delinquente no seu intento. Para que possamos ter uma esperança de que podemos esperar mudanças, precisamos parar de reeleger sempre os mesmos legisladores. Eu, por exemplo, já tenho praticado a NÃO REELEIÇÃO dos legisladores, e não votação nos partidos de esquerda. Se pretendemos ver mudanças, devemos iniciar esta mudança pelas nossas atitudes e atos”, me escreveu Eldo.
Vice do PSB
Quem esteve em Venâncio na quarta, 21, foi Josi Paz, professora e vereadora mais votada em 2016 em Montenegro, candidata a vice-governadora na chapa do PSB, que tem como candidato Vicente Bogo. Josi e a candidata a deputada federal Malu Looser, cumpriram agenda de campanha na cidade. Na visita aqui na Folha e Terra FM estiveram acompanhadas da vereadora Sandra Wagner, presidente do PSB em Venâncio, o tesoureiro Rudi Stecker, mais o professor Manoel Ribeiro e Carlos Alberto Hoffmann, o Chacrinha, além do professor João Heitor da Cruz, presidente do PSB em Montenegro.
Notinhas
- Na quinta, 22, esteve em Venâncio a enfermeira e vereadora do Republicanos em Montenegro, Camila Oliveira, candidata a deputada estadual. Ela esteve na redação da Folha e Terra FM e fez contatos em Venâncio, buscando votos de direita, pois é apoiadora ferrenha de Bolsonaro.
- Hoje tem debate presidencial no SBT às 18h15min, em parceria com a CNN, Estadão, Veja e portal Terra. Lula, que foi mal no primeiro debate da Band, Folha S. Paulo e UOL, dia 28 de agosto, onde foi chamado de ladrão pelos adversários e ‘apanhou’ muito, sem conseguir reagir, não vai ao debate do SBT. Vão Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (UB) e Felipe D’Avila (Novo).
O último debate será dia 29, na Globo. Neste Lula diz que vai.
- Terra FM vai fazer a última rodada de entrevistas com os candidatos a deputado de Venâncio, na próxima semana, no Terra Em Uma Hora, às 12h25min..
Para os três candidatos a deputado estadual, a ordem foi estabelecida por sorteio, realizado ontem aqui na Folha e Terra. Na segunda, 26, será Celso Krämer (Podemos); na terça, 27, Giovane Wickert (PSB); e na quarta, 28, Aiton Artus I(PDT). Na quinta, 29, será a candidata a deputada federal, Silvia Schirrmann (Podemos). - De Paulo Herrmann, consultor e ex-CEO da John Deere no Brasil, na revista Oeste: “O agronegócio brasileiro ainda está ‘aquecendo os pneus’. O rebanho pode chegar a 300 milhões de cabeças de gado e a produção de grãos a 400 milhões de toneladas.
- Em artigo na página 6 desta edição, o presidente da Cooperativa Languiru, de Teutônia, Dirceu Bayer, fala da necessidade do Brasil investir mais no valor agregado da sua produção primaria e não apenas exportar in natura e muitas vezes depois comprar o produto final de quem comprou a nossa matéria prima. Bayer cobra dos governos o mesmo incentivo dado ao agronegócio, para a indústria que agrega valor à produção primária, como faz a Languiru, de Teutônia, como faz a Dália, de Encantado, duas cooperativas da região, que produzem derivados do leite, carne de frango, suína e bovina.
Do Twitter
- Folha S. Paulo: TSE proíbe Bolsonaro de usar imagens do discurso na ONU durante a campanha eleitoral
- O Globo: A dias da eleição, Ciro tem seu pior desempenho nas pesquisas de intenção de voto desde 1998
- UOL: Bolsonaro diz que pobres foram acostumados a não aprender profissão
- Gazeta do Povo: Senador Lasier protocola pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes
- Ciro Gomes: Quem foge dos debates ou não tem propostas para apresentar ou tem muita coisa pra esconder.