A semana inicia com um embate forte entre o novo governo do prefeito Giovane Wickert (PSB) e os servidores públicos, por conta da votação do projeto de reajuste de salários. O projeto acertado entre prefeito e o sindicato dos servidores previa reajuste de 6,7% escalonado. Os servidores pediam 7%. Antes da reunião da Câmara de Vereadores, na segunda-feira, o projeto foi reformado e o reajuste foi baixado para 5,1%, percentual de reposição anual, sem o ganho real acertado de 1,6% acertado. O projeto foi para a Câmara e aprovado por unanimidade.O presidente do Sindicato dos Servidores Odenir Guterres de Carvalho surtou quando soube que o prefeito Giovane não honraria a palavra empenhada nas reuniões com os servidores. “O prefeito começa com um péssimo exemplo pra quem quer fazer as coisas de maneira diferente. Mostra um governo fraco, incapaz,” disparou Odenir, que não descarta uma paralisação dos servidores diante da ‘rasteira’ que diz ter levado de Giovane na primeira vez que negocia com ele.Wickert, quando assumiu, já tinha alertado que o orçamento que recebeu não tinha nenhum centavo de reajuste previsto para os servidores. Fez um esforço, negociou com o Sindicato a reposição mais um ganho real, mas alega que teve que mudar por orientação jurídica do Legislativo, sob pena de apontamento futuro pelo Tribunal de Contas por reajuste acima da reposição anual, uma vez que não existia previsão orçamentária. Estranho ai é o Jurídico do Legislativo ter pautado o assunto na última hora, quando o prefeito tem a sua equipe equipe econômica e Procuradoria Jurídica, que não identificou o problema antes. Preocupante. Instala-se um confronto do prefeito com os servidores que poderia ter sido evitado.Mas comparando servidores públicos municipais, com os estaduais e federais, os servidores do município ainda vivem num paraíso, com reposição anual, algum ganho real quase sempre e salários em dia. Que o assunto ácido seja tratado com responsabilidade e civilidade.
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