O presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin, e sete ministros, anunciaram na sexta, 15, no teatro da Univates, a destinação de R$ 340 milhões para reconstrução de casas e obras de infraestrutura no Vale do Taquari, para recuperar prejuízos das enchentes históricas do rio Taquari em setembro e novembro de 2023.
Foi uma visita histórica, do primeiro presidente civil, após a redemocratização do país, a visitar Lajeado. Com o teatro da Univates, que tem 1,7 mil lugares, lotado de militantes, que chegaram já pela manhã na frente universidade, onde receberam marmitas no almoço, o evento virou uma festa política do PT, o que desagradou prefeitos. Marcelo Caumo (PP), prefeito de Lajeado, reeleito com 71% dos votos, foi vaiado na universidade da cidade que governa.
O governador Eduardo Leite (PSDB), na sua manifestação, moderado como é, disse que era dia de deixar as diferenças políticas de lado, e conjugar forças da União, Estados e Municípios, para recuperar o Vale do Taquari.
O presidente Lula, em discurso de improviso, o que sempre é uma possibilidade dele dizer o que não deve, também foi moderado. Ele lembrou que o rio Taquari gerou muitas riquezas para as cidades da região e lamentou as mortes provocadas pela enchente, que é um sinal do desequilíbrio ambiental que o homem provoca no planeta. Ele citou a perda de sua primeira esposa e do seu primeiro filho, que morreram no parto, para dizer que sabe o que é a dor da perda de vidas na família. E disse que o governo está atendendo o Vale do Taquari sem olhar para o partido dos prefeitos.
Além da questão da militância petista fazer festa para Lula em momento de consternação de uma tragédia, os prefeitos também se mostraram decepcionados com os recursos, pois esperavam mais do governo. Jarbas da Rosa (PDT), prefeito de Venâncio, presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), que são 36, lamentou que veio uma grande caravana do governo com presidente, vice e ministros e ninguém falou em ajudar as empresas atingidas pelas enchentes, com dinheiro subsidiado pelo BNDES, como foi anunciado no ano passado, logo depois da enchente, quando o vice Geraldo Alckmin esteve em Lajeado como Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Notinhas
- Festa do Búfalo, realizada em Passo do Sobrado de quinta à domingo, foi sucesso. Mesmo com chuva, a festa pelo aniversário dos 32 anos de Passo do Sobrado recebeu muita gente. Na noite de sexta, no rodeio com Cesar Paraná, com montaria de touros, a estimativa foi de 6 mil pessoas. Está de parabéns o prefeito Edegar Thiesen (PP), pela decisão de realizar novamente a festa, que fazia oito anos que não era realizada.
- Na edição de hoje da Folha circulam cadernos especiais, contando os 32 anos de Passo do Sobrado e Mato Leitão, emancipados de Rio Pardo e Venâncio, respectivamente, em 20 de março de 1992. Em Mato Leitão também circula uma revista especial sobre os 32 anos, que será apresentada amanhã, dia 20, quando um bolo de 32 metros marca a comemoração.
- Por falar em festas, nos registros que os políticos divulgam em redes sociais sobre suas visitas, o final de semana foi de festas de São José, em Estância São José e no bairro Bela Vista. O ex-prefeito Giovane Wickert (PSB), que vai concorrer novamente, circulou em Estância com o vereador André Kaufmann, eleito pelo PTB, que foi seu secretário de Desenvolvimento Rural, e vai se filiar a outro partido na janela que vai até 6 de abril. André conversou com PP e PL, mas parece que o PSDB vai ser seu caminho. Entre Giovane, de quem foi secretário, e o deputado Marcelo Moraes, que também foi do PTB e em 2022 se elegeu pelo PL, parece que André vai ficar com Giovane. Vilmar Bender, também ex-vereador do PTB, assumiu a presidência do PSDB e faz força para ter André no partido e convencê-lo a ser o vice de Giovane.
- Inicia hoje, e vai até sexta, a 22ª Exoagro Afubra, em Rincão del Rey, Rio Pardo. A agricultura familiar estará em destaque, com tecnologia, informações, novações e a feira de produtos coloniais. O parque abre das 8h às 18h nos quatro dias. Uma visita recomendada para quem trabalha na terra e para quem gosta de produtos coloniais.