Encerra hoje na cidade do Panamá, a COP 10, a Conferência das Partes da Convenção Quadro para Controle do Tabaco, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com a presença de representantes de 183 países convidados. Durante uma semana estas delegações, entre elas a brasileira, definida pelo governo, participou de debates sobre o combate ao tabagismo que mata milhões de pessoas no mundo todos os anos. Teve uma manifestação forte do governo brasileiro, lida pelo Embaixador no Panamá, Carlos Henrique Silva, Chefe da Delegação, apontando a redução do cultivo do tabaco, a oportunidade da reforma tributária aumentar ainda mais os impostos sobre o cigarro, manter a proibição de produção e venda dos cigarro eletrônico, e colocar no colo das indústrias danos ambientais, como recolher as bitucas de cigarro nas ruas.
Nas reuniões da delegação brasileira com a comitiva representativa da cadeia produtiva do tabaco, a conversa era mais branda. Os deputados estaduais e federais, o secretário estadual do Desenvolvimento Rural, dirigentes da Afubra, do SindiTabaco e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Tabaco, assim como a imprensa gaúcha, foram barrados na Conferência. Se reuniam à noite com a delegação brasileira, em outro local, para saber que foi dito e feito nas assembleias da COP
O Brasil é o único dos países que mais produzem tabaco que assinou a Convenção, em 2005, pelo presidente Lula e a cumpre. Estados Unidos não assinaram. China assinou mas não cumpre. O presidente da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA), o argentino José Javier Aranda, disse que o Brasil não tinha que estar na COP, como não estão os outros países que são grandes produtores.
Assustado com a reação da comitiva da cadeia produtiva, entre eles o deputado federal Heitor Schuch (PSB), que faz parte do governo, na quarta, 7, foi um técnico do Ministério do Desenvolvimento Agrário, as pressas, para o Panamá, para anunciar que o governo vai retomar um Plano de Apoio à Diversificação. Sinal de desconhecimento sobre o setor foi a manifestação da secretária Executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, a médica Vera Costa Silva, ao dizer que o programa de diversificação do governo virá para oferecer aos agricultores familiares uma oportunidade de plantar outra coisa, dando a entender que ,hoje a única opção é plantar tabaco. Fez bem o deputado Ronaldo Santini, secretário estadual do Desenvolvimento Rural, ao convidar a Comissão para visitar o Rio Grande do Sul e conhecer de perto a realidade da cadeia produtiva do tabaco. Precisam sai dos gabinetes e ver a realidade de perto.
O deputado Heitor Schuch, ao deixar o Panamá na quinta, 8, disse que nada que vá afetar o setor tabacaleiro de imediato foi decidido ou anunciado nesta COP. “Vamos plantar tabaco por muitos anos”, disse o deputado, de origem sindical dos trabalhadores rurais, produtor de tabaco em Santa Cruz do Sul, também ‘protegendo’ o seu governo. Mas segue a insegurança sobre este setor do agronegócio, que garante renda para mais de 100 mil famílias, gera milhares de empregos nas cidades e divisas para o país, os estados e os municípios.

A safra gaúcha de grãos será recorde

E o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o gaúcho Edegar Pretto, divulgou nesta semana que o estado pode aumentar em 48% sua produção grãos, anunciando nova estimativa, muito otimista para a safra. Dos 27 milhões de toneladas em 2023, quando a estiagem castigou as lavoras gaúchas e provocou uma quebra acentuada na produção, em 2024 poderão ser 40,8 milhões de toneladas de grãos, um novo recorde.
Já a safra brasileira vai encolher. Do recorde de 320 milhões de toneladas no ano passado, a atual safra é projetada em 299 milhões de toneladas. O comportamento do clima com estiagem em algumas regiões e chuva em excesso em outras, compromete o maior rendimento.
O Brasil alimenta 1 bilhão de pessoas no mundo, 20% da população mundial.

STF e PF miram Jair Bolsonaro

E na quinta, 8, aconteceu o que era esperado, a Polícia Federal, ordenada por Alexandre Morares, ministro do STF e presidente do TSE, desencadeou operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, assessores e ex-ministros, acusados de tentativa de golpe de estado no 8 de janeiro do ano passado. Bolsonaro teve seu passaporte apreendido. E a Abin tinha feito um relatório sobre os atos do 8 de janeiro responsabilizando o governo Lula.
O presidente Lula, condenado por corrupção há 24 anos de cadeia pela justiça, teve sua pena anulada pelos ministros do STF que ele e Dilma nomearam e quer vingança. Deltan Dallagnol já teve mandato de deputado cassado. Sergio Moro está em vias de ter seu mandato de senador cassado e a cereja do bolo vai ser prender Bolsonaro, com narrativas construídas, muito diferente da quadrilha que foi presa pela Lava Jato na década passada, por desviar bilhões dos cofres públicos nos governos do PT, com comprovação na justiça e parte do dinheiro recuperado, o que levou Lula para a cadeia.

Pelo que fez

Imagem que circula em redes sociais mostra um outdoor, que não sei se é real ou virtual. Mas o que me chamou atenção foi a frase grifada no painel: “Vereador que busca reeleição, não precisa prometer nada, apenas mostrar o que fez”. Uma frase que invoca o voto consciente.
Uma boa reflexão para o eleitor avaliar os vereadores, como em Venâncio onde todos os 15 eleitos pretendem concorrer à reeleição. Analisar o que cada um fez durante quatro anos e não o que vai prometer de fazer num novo mandato. E tem os novos, ou velhos, candidatos qyue vão concorrer. Que o eleitor avalie a competência, atuação comunitária, o comportamento, para decidir seu voto.

Totem para carregar celulares no Parque

Jairo Bencke, como suplente do PSB, encaminhou em abril de 2023 na Câmara de Vereadores indicação para instalação de totens com energia solar para colocar em locais públicos para carregar celulares. E o primeiro totem foi instalado no Parque do Chimarrão nesta semana, com tomadas para oito celulares. Está em fase experimental, colocado na parte baixa do Parque, próximo do pavilhão agropecuário. Uma boa medida pois o Parque do Chimarrão recebe muita gente, especialmente nos finais de semana.
Jairo se filiou ao PDT do prefeito Jarbas da Rosa em setembro do ano passado e passou a integrar a equipe de governo na Central de Projetos.

Luciano Storch completa dois mandatos na Comunidade Evangélica Luterana de Venâncio

Gerson Schwingel recebe presidência de Luciano Storch

O ex-colega de Folha, hoje advogado e corretor de imóveis, parceiro da praia em famílias, Luciano Storch, completa seus dois mandatos como presidente da Comunidade Evangélica Luterana de Venâncio Aires. Foram quatro anos onde Luciano ‘colocou tudo em dia’, tanto no aspecto físico, com reformas e melhorias na igreja e toda área externa da quadra, como no legal, organizando a utilização do cemitério, digitalização da administração, e atualização da documentação patrimonial. Nos quatro anos foram investidos mais de R$ 1 milhão em reformas e melhorias. Luciano repete uma frase que já foi dita na virada do século por Luiz Carlos Morsch, quando coordenou um trabalho de restauração da igreja Matriz São Sebastião Mártir: “Se os nossos antepassados, com todas suas limitações técnicas e financeiras, foram capazes de construir tudo isso, nós temos a obrigação de pelo menos manter, conservar e melhorar tudo que nos deixaram”.
Em assembleia no dia 6, foi eleito o atual vice, Gerson Schwingel para presidência, que ele recebe de Luciano em culto festivo agora no dia 25 de fevereiro, para continuar o trabalho que está sendo feito.

Deizimara candidata

Deizimara Sousa atuou na Central de Projetos criada nos governos de Airton Artus, onde mostrou competência e se especializou nos assuntos técnicos dos projetos com os governos estadual e federal. Agora no governo do prefeito Jarbas da Rosa, ela retomou o cargo. No ano passado foi chamada pelo prefeito para assumir a secretaria do Planejamento e Urbanismo..
E Jarbas desafiou Deizi, como ela é chamada, a concorrer a vereadora na eleição deste ano, fazendo sua estreia na política. Nessa semana observei que ela publicou uma foto em rede social, e abriu caixinha de perguntas e respostas se o traje que usava era bom para ‘santinho’. A leitura é de que ela vai mesmo concorrer a vereadora.

Sem vacina

A dengue avança pelo Brasil provocando mortes, inclusive aqui no estado. E o governo Lula, que crucificava Bolsonaro na pandemia da Covid por falta de vacina, se mostra incompetente para distribuir vacinas contra a dengue. Para o Rio Grande do Sul a vacina da dengue está prevista para chegar só no fim do ano. O jeito é cada um se virar e se proteger, evitando criadouros do mosquito carijó, o Aedes Aegypti. E ‘matar a tapa’, os que aparecem dos vizinhos que não fazem a sua parte no controle.

Trump lidera

Nesta semana saiu uma pesquisa para a eleição americana, que é dia 5 de novembro. O ex-presidente Donald Trump (Republicanos), que ainda precisa passar pelas primárias do partido nos estados, é favorito para a eleição presidencial. Ele aparece com 49% das intenções de voto contra 45% do atual presidente Joe Biden (Democratas). E 5% querem outra alternativa.
É a disputa da esquerda (Democratas) contra a direita (Republicanos) por lá.

Do X

  • GZH: Bolsonaro é alvo de operação que investiga tentativa de golpe de Estado
  • Estadão: Bolsonaro pediu alterações em minuta que previa golpe de Estado, aponta PF. A minuta decretava a prisão de diversas autoridades, como Moraes, Gilmar Mendes e Rodrigo Pacheco. No fim, eram determinadas novas eleições
  • O Globo: Alvo da PF, ex- ministro da Defesa compartilhou texto que chamava eleição de Lula de ‘ruína moral da nação’
  • Gazeta do Povo: “Perseguição a Bolsonaro”: oposição critica operação da PF contra ex-presidente e aliados
  • CNN: Após operação da PF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e ex-assessores dele, o presidente Lula (PT) disse que quer que Bolsonaro “tenha a presunção de inocência que eu não tive”
  • Revista Oeste: PF pede inquérito do STF contra deputado Nikolas Ferreira por dizer que Lula é ‘ladrão que deveria estar preso’
  • Veja: Aprovação do governo Lula cai e desaprovação aumenta
  • J.R.Guzzo: Fica cada vez mais claro que a destruição da Lava Jato e a ressurreição política de Lula tiveram um objetivo: eliminar qualquer possibilidade de combater a corrupção no sistema político do país