Selvino Heck ainda aguarda definição sobre sua situação em Brasília. Ao enviar sua coluna semanal da Folha nesta quarta ele passou informações e impressõers de Brasília.

“Ao contrário das outras semanas, a semana está mais que calma. O problema hoje foi que deu pane no ‘word’ do meu computador. Tive que usar a máquina da Clécima e falar ‘mal’ dela na coluna.

A semana está calma (na superfície) porque a presidenta viajou ontem, e continua hoje em São Paulo, e ontem o STF deu uma segurada nos processos no Congresso.Ao mesmo tempo, as decisões no novo Ministério onde estou – Secretaria de Governo – estão sendo tomadas aos poucos. Ainda não saíram no Diário Oficial as mudanças já decididas politicamente, o que deve acontecer até o fim da semana.Até sexta, é reorganizar a vida, atualizar o planejamento, conhecer melhor a estrutura do novo ministério, pessoas novas que chegam, etc. Semana que vem tudo deve estar nos eixos e começando a funcionar normalmente.Isto é, ‘normalmente’ nada vai funcionar no resto deste ano, no exato termo da palavra.Continuarão turbulências políticas, enquanto a economia vai se (re)ajeitando aos poucos, o que deve acontecer (dependendo de algumas votações no Congresso) de fato no primeiro semestre do ano que vem.Só então as consequências da Lava-Jato devem ser, aos poucos, superadas.Aqui no governo a avaliação é que deu pro Eduardo Cunha. A dúvida está se ele vai sair atirando ou não. O que é o mais provável. E aí poderá sobrar pra muita gente. Ele começou com Collor e PC Farias, passou por governos do Rio em tempos de FHC (até já mandou recado pra este via imprensa), até chegar nos tempos atuais.A determinação no governo continua a mesma. Investigar tudo, seja de que lado for e de todos os lados (coisa que a Lava-Jato não tem feito; só investiga um lado).Enfim, um ano difícil, o que vai continuar assim até 31 de dezembro”.