Esteve ontem em Venâncio o diretor de divulgação do Sindiágua, Rogério Ferraz. Pela manhã, acompanhado de Marta Fagundes da Silva, auxiliar de tratamento de água e esgoto na Corsan local e delegada sindical, se reuniu com os vereadores Renato Gollmann e André Kauffmann, do PTB, Elígio Weschenfelder e Sandra Wagner, do PSB e Tiago Quintana (PDT), presidente do Legislativo. Ao meio-dia estiveram no Terra em Uma Hora e na Folha. À tarde se reuniram com o prefeito Jarbas da Rosa (PDT). As visitas são em defesa da Corsan, que o governador Eduardo Leite (PSDB) vai privatizar, alegando que a estatal não tem recursos para atender o Marco Regulatório do Saneamento, que exige 90% de esgoto tratado até 2033.
Rogério citou que o contrato de Venâncio com a Corsan em 2010, no governo do prefeito Airton Artus (PDT), foi muito bem feito, e tem validade até 2035, contendo cláusulas que preveem abastecimento de água e esgoto tratado na cidade até 2030, além de uma barragem até 2.022, como consta no Plano Municipal de Saneamento. Ele alerta que todas obras cobradas pelo Marco Regulatório já estão neste contrato e que o novo aditivo, por mais 40 anos, até 2062, que está sendo oferecido agora aos prefeitos, antes da privatização, com o argumento de atender o Marco Regulatório, não precisa ser assinado por Venâncio Aires. Ele revelou que o faturamento da Corsan em 2020 foi de R$ 27 milhões em Venâncio e que nos 40 anos do novo aditivo proposto, corrigido, pode chegar aos R$ 2,2 bilhões.
O dirigente sindical aponta para dois caminhos: se a maioria dos prefeitos assinar o aditivo por mais 40 anos, como está sendo proposto, o governo vende 70% das ações da Corsan e uma empresa privada, que ninguém sabe quem será, toma conta. Se a adesão for baixa, o governo vende só 49% das ações, e segue gerindo a Corsan.
O prefeito Jarbas da Rosa, depois de reuniões com a Corsan nos últimos dias, onde foi oferecido ao Município o repasse de quase R$ 7 milhões de uso livre, mais R$ 149 de investimentos no novo aditivo, se mostra inclinado a assinar, no prazo, até 16 de dezembro.
A decisão que o prefeito Jarbas da Rosa tomar, vai impactar a comunidade por quatro décadas. No ano passado o então prefeito, Giovane Wickert (PSB), queria privatizar a iluminação pública por 30 anos, com repasse calculado de R$ 120 milhões, ação que foi barrada pela Câmara de Vereadores, por iniciativa do vereador Tiago Quintana (PDT), que contestava a privatização.
Notinhas
* Prévias do PSDB no domingo para escolher o candidato a presidente foram interrompidas pois o aplicativo de votação, desenvolvido pela Fundação de Apoio da UFRGS, ‘deu pau’ e só 10% dos 44.700 filiados com direito a voto conseguiram votar. Os governadores João Doria, de SP, e Eduardo Leite, do RS, disputam a indicação. Arthur Virgílio ex-prefeito de Manaus disse que entrou na disputa para ter visibilidade nacional para falar da Amazônia, mas que não é candidato. Uma nova data será marcada para seguir as prévias.
* Realização do Enem gerou polêmica. No Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que organiza as provas, 32 servidores pediram exoneração por não concordarem com as mudanças propostas pela coordenação para a prova. A começar pelo tema de redação, ‘Invisibilidade e registro civil; garantia de acesso à cidadania’, que remete a três milhões de brasileiros que não tem documentos, o Enem deixou de ser ideológico, centralizando debate de gênero, como vinha acontecendo. As demissões mostram o que se sabe, o governo foi ‘aparelhado’ nas últimas décadas.
Do Twitter
* Folha S. Paulo: Lula diz que é preciso regulamentar as redes sociais
* Gazeta do Povo: Mourão quer disputar o governo do RJ e espera apoio de Bolsonaro
* Joven Pan: ‘Lula foi para a Europa porque não pode circular no Brasil’, afirma Rodrigo Constantino
* Sergio Moro: Combater a desinformação e a mentira é fundamental, mas isso não pode servir de pretexto para qualquer tentativa pelo PT de censura ou controle da mídia e/ou das redes sociais. Temos, sim, é que defender o cumprimento das leis para todos os que cometem crimes.
* Cristian Deves: Lula é aplaudido por menos de 30 parlamentares na Europa e a mídia canhota já noticia que a Europa aplaude o ex-presidente. Fala sério. A campanha dele vai ter que ser assim, só mentindo e dentro de casa. Não consegue sair as ruas no Brasil