Sobre o bate-boca na Câmara

Dias atrás referi o bate-boca que deu na Câmara de Vereadores, quando os pronunciamentos de Cesar Garcia, líder do governo, e do presidente da Câmara, Gerson Rupenthal, ambos do PDT, foram interrompidos aos gritos por Ezequiel Sthal e André Kaufmann, ambos do Mais Brasil, que são da oposição.
Nesta semana Ezequiel, advogado e agora Agente Penitenciário do Estado, concursado, que atua em Lajeado, me justificou a sua reação, fora dos ditames de decoro parlamentar.
“Apesar de já ter passado alguns dias, eu precisava de um documento da procuradoria jurídica da Câmara para poder responder a um registro na tua coluna sobre o bate-boca que ocorreu lá na câmara comigo, vereadores Cesar e Gerson. Primeiro, o Cesar me acusa de ser um vereador de 6 anos que não levou um real para a minha região, sem me dar um aparte para resposta, pois sabia que eu ia desmentir de imediato, por isso bati boca e levantei o tom de voz, o que sempre vou fazer diante de covardia e injustiça, pois não me calo diante de um ataque covarde. Por fim, o Gerson se mostrou oportunista e mentiroso, dizendo que as coisas não aconteciam por que nós, da oposição, estávamos travando os projetos. A partir disso, solicitei um parecer da procuradoria jurídica, que de modo oficial, me respondeu que nenhum projeto estava parado, sendo protelado ou fora de prazos. Portanto, eu concordo quando você fala que o debate precisa ser saudável, mas é preciso equilíbrio, pois mentir publicamente sem dar o direito de resposta imediato, é coisa de gente baixa, covarde ou outros adjetivos mais que vou lhe poupar de ler. Se as coisas não estão acontecendo, é por pura incompetência administrativa da atual gestão…”, explica Ezequiel.
Como respondi a ele, entendo que cada vereador tem o seu tempo de manifestação na tribuna e não precisa dar aparte, se não quiser, pois cada um tem o seu espaço para falar, o que precisa ser respeitado. Sobre as contestações políticas não entro aqui no mérito do debate de governo e oposição, que muitas vezes cega as pessoas, dos dois lados.
Que o debate exista, pois ele é necessário e saudável, mas com decoro parlamentar.



Sérgio Klafke

Sérgio Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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