Em vídeo conferência realizada nesta semana com lideranças políticas e empresariais do RS o diretor de Transporte Rodoviário do Ministério da Infraestrutura, Ismael Trinks admitiu que a construção do trecho sul da Ferrovia Norte-Sul não é prioridade para o governo federal, que vai investir no curto prazo na prorrogação antecipada da Malha Sul, com a recuperação de trechos que hoje estão abandonados. A Malha Sul, atualmente controlada pela Rumo, possui 7.223 quilômetros de linhas em bitola métrica, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Uma má e boa noticia. Má que a Norte-Sul ficará postergada no Sul. A boa que serão reativadas linhas trens existentes.
O encontro foi articulado pelo senador Luiz Carlos Heinze (PP) lançado nesta semana como candidato a governador pelo partido.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, deputado estadual Edson Brum (MDB) reagiu forte. Disse que não é possível admitir retrocessos envolvendo a Norte-Sul. “Levamos anos discutindo o traçado. Isso é uma questão política. Não podemos deixar esse projeto abandonado. Temos 79 novas indústrias se instalando no Estado e outros tantos projetos para os próximos anos. E não podemos abrir mão disso tudo”
Já o senador Heinze afirmou que está trabalhando para pautar no Senado o projeto que pretende destravar R$ 25 bilhões em investimentos na malha ferroviária nacional. O parlamentar também considera importante a recuperação de trechos ociosos, mas enfatizou que levará o assunto da Norte-Sul até o ministro Tarcísio Gomes de Freitas e, se preciso, ao presidente da República, Jair Bolsonaro.