Tabaco turbina exportações de 2022

A Federações das Indústrias do RS (Fiergs) divulgou nesta semana balanço de exportações em 2022, apontando que a indústria da transformação cresceu 21,7% no valor exportado em relação à 2021, o que soma R$ 3 bilhões. O setor que mais exportou foi o de alimentos, que cresceu 29,1% e somou R$ 1,32 bilhão. Mas o setor que mais cresceu foi o do tabaco, com 78,3% sobre 2021, o que significa incremento de US$ 946 milhões. Em volume exportado o tabaco teve crescimento de 30,5% sobre 2021, o que confirma a retenção de estoques em 2021, que impactou na receita tributária dos municípios, como Venâncio.
A Capital do Chimarrão, que tem o tabaco como seu produto econômico mais importante, acompanhou o ‘boom’. De US$ 516 milhões exportados pelo setor em 2021, subiu para US$ 912 milhões em 2022. Um crescimento de 76,7%.
No total Venâncio fechou 2022 com US$ 950 milhões exportados, contra US$ 543 em 2021. O crescimento é de 74,9%. Além do tabaco foram exportados mais US$ 38 milhões com destaque para a produção do polo metalomecânico

O tabaco é o principal produto econômico de Venâncio e provocou queda de arrecadação de ICMS em 2023, pela redução do valor exportado em 2021, e vai provocar aumento significativo da arrecadação, na mesma proporção ou mais, para 2024, com o valor exportado em 2022. (Foto: Arquivo Folha do mate)

Mais dinheiro
Este crescimento vai impactar diretamente no Valor Adicionado Fiscal (VAF) que compõe em 75% o índice de retorno de ICMS. Em 2020 o VAF foi de RS 2,539 bilhões e em 2021 caiu para RS R$ 2,089 bilhões. Em 2022 vai disparar. Essa queda em 2021 foi provocada pela retenção de estoques de tabaco na indústria, que foram embarcados em 2022.
O índice de retorno de ICMS de Venâncio, que foi de 0,68 em 2022, baixou para 0,60 em 2023, provocando a redução de RS 11 milhões para os cofres da Prefeitura. O prefeito Jarbas da Rosa (PDT) tem a expectativa que com esses bons números das exportações em 2022, para 2024 o índice de retorno de ICMS volte aos 0,68 de 2022 ou até mais. O índice mais alto que Venâncio já teve foi em 2004, 0,70 do bolo estadual.

Condusvale completa 20 anos em abril

A Condusvale realizou no final de semana que passou o VII Fórum Condusvale, reunindo gestores e colaboradores no Clube CTA para um dia de interação e confraternização, marcando os 20 anos da empresa, que transcorrem dia 2 de abril. Daniel Konzen contou que sonhava em ser empreendedor e formar uma equipe de 20 funcionários. Atualmente, ele comemora esta conquista junto com mais de 100 colaboradores.
A Condusvale, distribuidora de material elétrico para estado, é hoje uma das 12 maiores empresas geradoras de Valor Adicionado Fiscal (VAF) em Venâncio. Quando vi a foto de Daniel Konzen, que lidera a gestão da empresa, com o seu pai Sebaldo Konzen, lembrei do início da empresa. Sebaldo vendia material elétrico no estado e nas horas de folga praticava seu esporte preferido, a bocha, nas canchas da Sociedade dos Motoristas, onde fez dupla com o falecido professor José Cassiano Braga. Do ‘viajante’ que vendia material elétrico, Sebaldo criou a Condusvale e fez a base para a transformação promovida pelo filho Daniel, que tornou a empresa numa das maiores do setor no estado.

Sebaldo e o filho Daniel, da Condusvale, empresa que passa de pai para filho. (Foto: Taiane Kussler)

Novo piso

O governo Lula anuncia reajuste de 15% no piso dos professores. Assim, o piso de R$ 3.845 que resultou de aumento de 33% concedido por Bolsonaro, agora passa para R$ 4.420, para 40 horas semanais. A grande maioria dos municípios brasileiros não tem condições de pagar o piso e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), busca alternativas, pois sem ajuda de recursos federais os municípios não tem como pagar.

Venâncio paga

Aqui o município já paga o piso. Com o reajuste dos servidores pelo IPCA de 5,7%, o piso dos professores, para 40 horas semanais, subiu para R$ 4.521, acima do novo piso nacional reajustado por Lula para R$ 4.420, me informa o secretário municipal de Educação, Emerson Henrique.

Secretários

Vale do Taquari não elegeu deputados mais uma vez, mas terá três secretários no novo governo de Eduardo Leite (PSDB) e Gabriel Souza (MDB), que perdeu no Vale para Onyx Lorenzoni (PL) na eleição. O ex-prefeito de Estrela, Carlos Rafael Mallmann (União) é secretário do Desenvolvimento Urbano e Metropolitano; Simone Stülp, de Encantado, pró-reitora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Univates, é secretária da Inovação, Ciência e Tecnologia, e Marjorie Kaufmann, de Lajeado, que foi presidente da Fepan, é agora secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura. O fato foi lembrado pelo prefeito de Estrela, Elmar Schneider, quarta-feira, 18, na assembleia da Languiru. “O Vale não votou no Leite, mas o Leite está valorizando o Vale”, citou Schneider em seu pronunciamento como presidente da Amvat.

Sem deputados

O Vale do Taquari não elegeu deputados em 2018 nem agora em 2022. Mas dois suplentes assumiram cadeiras, um federal e outro estadual. A Delegada de Polícia aposentada de Lajeado, Marcia Scherer (MDB), concorreu a federal em 2018 e ficou na suplência. Agora em janeiro assumiu a cadeira de Giovane Feltes, que foi chamado para o secretariado de Eduardo Leite. Márcia concorreu a estadual em 2022 e também não se elegeu.
O ex-prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert (MDB), que concorreu a estadual em 2018, também assumiu cadeira na Assembleia agora em janeiro, em lugar de Juvir Costella, que assumiu secretaria dos Transportes do estado.

Cinco deputados

O Vale do Rio Pardo elegeu cinco deputados, três estaduais e dois federais, em 2018 e repetiu agora em 2022. E terá mais um, o suplente Airton Artus (PDT) de Venâncio, que assume cadeira na Assembleia. Assim, serão quatro estaduais – Edvilson Brum (MDB), de Rio Pardo, que se elegeu no lugar do irmão Edson Brum, que foi pata o TCE; Adolfo Brito (PP), de Sobradinho quer se reelegeu para o nono mandato consecutivo; Kelly Moraes (PL) de Santa Cruz, que se reelegeu. E Airton Artus. Os dois federais, Heitor Schuch (PSB) e Marcelo Moraes (PL) também se reelegeram.

Promessas

E as promessas de Lula na campanha vão caindo. Bolsonaro corrigiu o salário mínimo de R$ 1.212 para R$ 1.302 para 2023. Lula garantiu na campanha que daria mais um aumento real. Agora diz que não é possível e prometeu para 1º de maio.
Criticando Bolsonaro por não ter corrigido a tabela de isenção do Imposto de Renda, que vige desde 2016, Lula prometeu que isentaria do IR quem ganhasse menos de R$ 5 mil. Não cumpre, pelo contrário, como o salário mínimo foi reajustado e as faixas do IR não, agora quem ganha mais que um salário mínimo e meio por mês (R$ 1.953) vai pagar 7,5% de Imposto de Renda.
Nas redes sociais, onde o exército digital petista desapareceu depois da vitória de Lula, bolsonaristas, que perderam, tiram sarro. “Pobre que acreditou que ia comer picanha como Lula prometeu, agora terá que aprender a fazer e pagar Imposto de Renda”, é um a sátiras.

Mentiras

A Ministra do Meio Ambiente de Lula, Marina Silva, que o chamava de ladrão até o ano passado, disse no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça que 120 milhões de brasileiros estão passando fome. Fake news que a grande mídia suavizou e as agências de checagem ignoraram. É o novo Brasil.
Com certeza Marina foi orientada por Lula ou se espelhou nele, que certa vez disse na França, que no Brasil tinha 25 milhões de crianças abandonadas nas ruas. Jaime Lerner, governador do Paraná, que estava ao lado de Lula, o cutucou e disse que isso não era verdade, pois se fosse não se conseguiria andar nas ruas. Lula respondeu que não importava e que a plateia acreditava nele. Essa mentira o próprio Lula contou depois para os ‘seus’, dando risada.

Do Twitter

  • Correio do Povo: PF tenta identificar homem que destruiu relógio histórico no Planalto
  • Estadão: Desconfiança de Lula com Forças Armadas expressa ‘covardia’ e não ‘pacifica o País’, diz Etchegoyen
  • Folha S. Paulo: Lula diz que negação da política gerou ódio e que fanatismo é ‘novo monstro’ a ser enfrentado
  • O Globo: Aliados contrariam Lula e defendem CPI no Senado para investigar atos golpistas
  • Gazeta do Povo: CNBB reprova ações do governo Lula para flexibilizar aborto no Brasil
  • Dom Odilo Scherer: A Igreja católica não é a favor do aborto! Não é, nunca foi e nunca será a favor do aborto.
    Cleber Benvegnu: Um ministro da Fazenda que vai para Davos pregar boicote a empresas brasileiras. É o que temos para o momento.
  • Leandro Ruschel: A imprensa segue escondendo do público o fato de centenas de pessoas terem sido presas pelo “crime” de protestarem em frente ao QG do Exército em Brasília.
  • Cristian Deves: Censurar jornalistas, prender oposicionistas, deter manifestantes (crianças e idosos), infiltrar agentes terroristas, polícia politizada … eu já li esta história no passado



Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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