O prefeito Jarbas da Rosa, disse no estúdio da Terra FM, na noite deste domingo, depois de mais um dia socorrendo pessoas na cidade baixa, onde a água do arroio Castelhano invadiu novamente muitas casas, que vai propor a construção de um dique de proteção desde o Bairro Dietrich até o Bairro Battisti, com um sistema de comportas e bombas, que leva a água das sangas que cortam a cidade para o outro lado do dique. Jarbas vai chamar a Defesa Civil Nacional e quer um estudo técnico e encaminhamento de recursos para uma obra de proteção à cidade.
A ideia já foi aventada em outras oportunidades em cheias do Castelhano, mas Jarbas está disposto a tirar isso do papel. Um projeto que precisa incluir obras para uma maior vazão da água do Castelhano na transposição RSC-453, cujo aterro funciona como uma barragem, pois tem apenas a ponte do arroio e algumas galerias com canos de vazão.
Mudar Mariante de lugar
Em outra manifestação Jarbas disse estar decidido a não reconstruir equipamentos públicos em Vila Mariante, referindo-se a escola e posto de saúde. Com as três cheias em nove meses, o prefeito entende que isso vai se repetir com frequência cada vez maior, inviabilizando a ocupação urbana na Vila Mariante.
O prefeito cita que muitas pessoas que moram em Mariante trabalham em Venâncio e já estão se mudando para a cidade. Para quem é agricultor ele pensa em construir casas e equipamentos públicos em área onde não venha a água do rio Taquari. Ele cita uma área de 4ha do Estado, onde está o antigo Instituto Penal de Mariante (IMPM), em Estância Nova, distrito que já tem estrutura escolar, de saúde e abastecimento de água.
A avaliação de Jarbas se alinha com o que tenho defendido desde a cheia de setembro do ano passado, de que as cidades ribeirinhas ao longo do rio Taquari vão ter que repensar a ocupação urbana, migrando para onde não chega água, pois a previsão de técnicos é que fenômenos como o Vale do Taquari experimentou em setembro e novembro de 2023, e quase todo estado experimenta agora em maio de 2024, devem se repetir com maior frequência.
Notinhas
e toneladas de arroz para regular o mercado nacional, pois no RS, que produz 70% do arroz no país, 1,6 milhão de toneladas não tinham sido colhidas antes da enchente. Edegar Preto, gaúcho presidente da Conab, diz que não vem tudo de vez, mas é preciso importar para não faltar arroz e para evitar a disparada do preço do produto. O produto virá do Uruguai, Argentina, Paraguai e Venezuela.
- A desoneração da folha para 17 setores que mais empregam no pais, instituída em 2011, foi prorrogada em dezembro 2023 pelo Congresso, até 2027. Agora em abril Cristiano Zanin, o advogado de Lula que ele nomeou para o STF, suspendeu a prorrogação, alegando inconstitucionalidade. As empresas que pagavam entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta, voltam a pagar 20% sobre a folha de contribuição, que iria desencadear uma onda de demissões. Então o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi até o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na quinta, 9. Haddad disse que seria respeitada a prorrogação até 2027, aprovada no Congresso Nacional, mas anunciou que o governo começa a cobrança escalonada já em 2025, com 5% além da alíquota de desoneração, A cada ano acrescenta 5% e reduz a alíquota da desoneração, até chegar em 2028 quando todas empresas pagam 20% sobre a folha. Precisando cada vez de mais dinheiro para bancar seus gastos, o governo vai ‘mordendo’ cada vez mais as empresas.