Ontem pela manhã o deputado federal Heitor Schuch (PSB), que é de Santa Cruz do Sul, mas teve em Venâncio sua maior votação na última eleição, falou sobre Reforma Tributária, em Papo Café aqui na Folha e Terra FM, com a presença de lideranças políticas, empresários e escritórios de contabilidade.
Schuch falou sobre o andamento da Reforma, que é cobrada faz 30 anos, e que não é uma reforma do atual governo ou dos anteriores, mas a sim do país. A PEC é de 2019, do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), com texto do então deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR).
Schuch assinalou que na verdade é uma ‘reforminha’ e destaca como principal ponto o IVA, o imposto único a ser cobrado na ponta do processo, como já é feito em 170 países. Disse que 80% dos municípios não vão perder arrecadação como temem. Citou um exemplo de tributação que vai ser modificada. Como representante da agricultura, ele citou que quem produz terneiros e vende para quem vai engordar o boi, paga Funrural. Quem engorda e vende o boi para o frigorífico paga Funrural também. O frigorífico quando vende a carne para o açougue, paga ICMS. E o açougue quando vende a carne para o consumidor, paga ICMS também. No total são quatro impostos desde o terneiro até a carne na mês do consumidor. É isso que está sendo modificado, explicou Schuch.
Das manifestações que recebeu, especialmente de contabilistas, Heitor levou anotações de temas que podem ser trabalhados. A Reforma foi aprovada pela Câmara dos Deputados em junho, agora tramita no Senado, com previsão de votação, dia 20 de outubro. Depois retorna para a Câmara para análise final. E depois ainda precisa ser sancionada pelo presidente Lula. E tudo isso precisa acontecer ainda em 2023, caso contrário não sai mais, pois 2024 é ano de eleição, alertou o deputado, conforme detalha reportagem ao lado.
Notinhas
- No feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, nesta quinta, 12, onde também se comemora o Dia da Criança, será realizada a Caminhada da Família no centro de Venâncio, um movimento em defesa dos valores que unem as famílias, como a preservação da vida, contra as drogas, o aborto, a ideologia de gênero e a sexualização das crianças. Com o lema «Respeito, Tradição e Proteção: Juntos Pela Vida e Família», o movimento popular convida as famílias a se juntarem a esta marcha. O encontro está marcado para as 14h na Praça da Matriz, de onde sai a caminhada às 15h. É um movimento sem cunho político ou religioso, me disse ontem o empresário Adriano Fagundes que ajuda a divulgar a caminhada. “É uma mobilização da comunidade em defesa da vida, contra a liberação do aborto e das drogas”, define ele.
- Oktoberfest de Santa Cruz recebeu 100 mil visitantes no primeiro fim de semana, onde o grande destaque foi o show de Ana Castela, no sábado, que esgotou os ingressos uma semana antes. No domingo teve desfile temático que levou 40 mil pessoas ao centra da cidade.
- Vereador Diego Wolschick, eleito pelo PTB, entregou na sexta, 6, um ‘checão’ simbólico de R$ 5.655,06, o salário de vereador, para o hospital, como já fez nos dois anos anteriores. Ele prometeu doar um salário todos os anos para o hospital. Diego, produtor rural em Linha Maria Madalena, é dos vereadores que não dependem do salário de vereador para viver.
- Nesta quinta, Dia da criança, tem a festa Sorriso de Criança da Folha do Mate e Terra FM, no Parque do Chimarrão. Das 15h às 18h horas serão muitas atrações, com brinquedos, esportes, dança, desafios, pinturinhas e por aí vai. E tem mateada da erva-mate Elacy
Do X
- O Globo: Em semana de feriado, Lira e Pacheco viajam e deixam pauta esvaziada do Congresso
- Folha S. Paulo: Planalto omite informações sobre saúde de Lula para evitar imagem de fragilidade
- Cleber Benvegnú: Por que a imprensa brasileira não usa a expressão “extrema-esquerda” para designar figuras como Luciana Genro e Guilherme Boulos?
- Cristian Deves: Tiradentes foi enforcado por lutar contra os 20% que pagavam de impostos. Hoje, se ele estivesse vivo, vendo estes 40% de impostos ele mesmo se enforcava. Brasileiro é muito pacífico.