A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentada nesta semana, em audiência pública, pela secretaria municipal da Fazenda, estima receitas e despesas em R$ 521 milhões para o orçamento de 2026. Esse valor é 18% superior aos R$ 444 milhões do orçamento de 2025. Da projeção da LDO para 2026, R$ 427 milhões são receitas da Prefeitura e R$ 94 milhões do Fundo de Previdência Social dos Servidores do Município (FPSM).
A LDO 2026 detalha as previsões de orçamento para todas as secretarias municipais, de acordo com os programas temáticos e de gestão. Estão previstas 499 iniciativas em 25 programas governamentais, organizadas em cinco eixos estratégicos (Gestão Estratégica e Inovação Governamental; Bem-Estar Social; Infraestrutura, Mobilidade e Desenvolvimento; Meio Ambiente Sustentável e Defesa Civil e Raízes e Pertencimento).
As metas e prioridades para 2026 seguem o planejamento municipal definido no Mapa Estratégico do Plano Plurianual 2025-2029. O maior valor está destinado ao eixo de Bem-Estar Social, com R$ 218,7 milhões, equivalente a 70% do total do orçamento destinado aos eixos temáticos (R$ 321,2 milhões).
O prefeito Jarbas da Rosa (PDT) recebeu em 2021 um orçamento de R$ 302 milhões, com déficit projetado de R$ 15 milhões, elaborado pela administração anterior, do prefeito Giovane Wickert (PSB). Para seu sexto ano de governo, em 2026, Jarbas alcança R$ 521 milhões. Um crescimento de 72,5% nestes seis anos, o que permite os investimentos que estão sendo feitos pelo governo municipal em todos os eixos.
Vereador acusado de assédio
Segue sem esclarecimentos a denúncia de assédio sexual feita por uma mulher na quinta, 9, contra um vereador, casado, como detalha reportagem nesta edição. A publicação em rede social, que já foi apagada, não citou nome e assim todos os 11 vereadores foram colocados sob suspeita, o que gerou reação dos parlamentares.
A Câmara, presidida por Eduardo Luft (PDT), publicou uma nota na sexta, 10, manifestando preocupação com a situação e reforçando que não compactua com ações como a que foi denunciada.
Depois disso o vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), entrou no debate e fez uma publicação pesada em rede social, onde pressiona e tenta transformar a vítima que acusou o assédio, em culpada, por não citar nome. Muchila também fez um Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia para que o nome do vereador acusado seja revelado. E diz que vai acionar judicialmente a denunciante e exigir indenização por danos morais. Precisa ser revelado o nome, sim, mas Eligio, advogado, aproveita a situação para fazer pirotecnia política, característica dele como vereador.
A mulher, que fez a publicação, emitiu uma nota com pedido de desculpas aos vereadores, no sábado, 11, reafirmando que o material de assédio enviado por um vereador, foi encaminhado para a esposa dele.
O fato foi assunto na Câmara na reunião de segunda, 13. Os vereadores de oposição também se manifestaram em postagens em rede social, exigindo que se esclareça os fatos e se nomine quem foi, o que é justo. Isso joga o episódio no colo dos vereadores governistas, que são sete. Existem suspeitas, mas nenhuma manifestação oficial até agora.
Como escreveu a advogada Rita Ehlert, em comentário na publicação da mulher que expôs a situação, ela é vítima de assédio e não pode ser transformada em culpada, como sugerem vereadores de oposição que se manifestaram depois disso, e que veem nesse episódio também uma oportunidade política de desgastar a bancada governista e o próprio governo do prefeito Jarbas.
A legislação diz que uma denúncia de assédio sexual pode levar à cassação do mandato de um vereador, desde que seja comprovada e configurada como quebra de decoro parlamentar. A decisão final sobre a cassação cabe à Câmara, após um devido processo legal.
Aguardamos, todos, pelo desenrolar dos fatos e providências.
Homenagens
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Notinhas
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