O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, passou por modificações e teve na quinta-feira, 28, a primeira divulgação de 2020. O Brasil teve saldo positivo de empregos em janeiro e fevereiro, mas despencou 1,1 milhão em março e abril com a pandemia do coronavírus, fechando o primeiro quadrimestre janeiro/abril com 860 mil empregos perdidos. O Rio Grande do Sul com 74 mil empregos a menos. Quadro que deve se agravar em maio e nos meses seguintes.
E Venâncio está na contramão desse quadro. A Capital Nacional do Chimarrão fechou o primeiro quadrimestre com 3.549 empregos e lidera o ranking nacional, que tem em segundo a cidade de Paracatu (MG), com 2.861 empregos, e a vizinha Santa Cruz em terceiro, com 2.667 empregos. Uma situação que deve nos orgulhar, mas que não deve nos impressionar. Venâncio e Santa Cruz todos os anos despontam no ranking nacional no início do ano, por conta da contratação de mão de obra safrista pela indústria do tabaco, que em Venâncio está na casa dos 4.000 empregos temporários, enquanto os demais setores demitem. Mas isso é sazonal, pois estes safristas trabalham até setembro, quando começam a ser demitidos, para serem recontratados novamente no início do ano seguinte para a nova safra que vai ser beneficiada. No último quadrimestre de cada ano Venâncio e Santa Cruz figuram no rodapé do ranking. E é histórico isso.
Lembro sempre dede uma entrevista do prefeito Almedo Dettenborn (MDB) no seu último mandato (2005-2008) que rendeu uma manchete estadual, quando saiu num início de ano, que Venâncio era ‘campeão estadual de empregos’. Pronto. Começou a chegar gente de tudo que é canto para procurar estes empregos. Gente sem qualificação, sem ter onde morar, que acabou gerando um grande problema social. Seria o mesmo que o prefeito Giovane Wickert (PSB) agora querer ‘faturar’ politicamente que Venâncio é ‘campeão nacional de empregos’, o que seria uma irresponsabilidade.
Mas o governo de Giovane teve parte neste quadro, por ações agora, durante a pandemia. Em abril Venâncio demitiu 770 empregados mas contratou 1.093, quase tudo na indústria do tabaco, deixando saldo positivo de 323 empregos no mês, enquanto Santa Cruz, onde o trabalho da indústria do tabaco, que é ainda maior, teve maior restrição pelo prefeito Telmo Kirst (PSD). O saldo lá foi negativo de 790 empregos em abril.
E o secretário do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Claudio Soares, me enumerou ações desenvolvidas em Venâncio: manutenção do funcionamento da indústria do tabaco, da proteína animal e metal-mecânico; fomento à produção de máscaras pelo setor do vestuário; manutenção da política de incentivos industriais; manutenção e apoio ao funcionamento do comércio; incentivo à adoção de tecnologia e inovação no combate ao Covid-19; participação dos empresários na tomada de decisões.
Ontem o prefeito Giovane apresentou o Plano de Recuperação Econômica Pós-Pandemia, que esta sendo organizado há quase um mês pelas secretarias municipais de Fazenda, comandada por Eleno Stertz, e Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, por Claudio Soares; e que agora passam a contar com a participação e o engajamento da comunidade e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Oportuna ação, da qual falo na semana.
Notinhas
* A Igreja Evangélica Luterana de Venâncio definiu a vinda de um casal de pastores para a comunidade. Jair Holzschuh e Clarise Wagner Holzschuh, com seus dois filhos, vêm em setembro de Chapecó para Venâncio. O pastor Lair Hessel faleceu em dezembro e agora em setembro o pastor Ivário Fries se aposenta. O casal Holzschuh e a pastora Rosângela Hessel, viúva do pastor Lair, seguirão as ações na comunidade evangélica luterana.
* No sábado citei três vereadores – Izaura Bergamnn Landim (MDB), Nelsoir Battisti (PSD) e Helena da Rosa (MDB) – como os três principais nomes apontados em pesquisa de consumo interno de um partido, nesta ordem, como preferênciais para ser vice de Jarbas da Rosa (PDT), pré-candidato a prefeito. O tema foi o assunto político do final de semana. O vereador Gilberto dos Santos, da Picada Nova, eleito pelo PTB e agora no MDB, também está na lista, mais atrás dos três. Incluindo Tiago Quintana, vereador do PDT, perguntei a Jarbas se um desses cinco seria o seu vice. Ele respondeu que provavelmente sim.
* Sobre a emenda do deputado Danrlei Hinterholz (PSD), para pavimentar a Vila Freese, o prefeito Giovane Wickert (PSB) cita que está tudo certo. Quando ele esteve lá visitando a obra, no dia 19 de maio, tinha só uma parcela paga. No dia 21 de maio foi paga a segunda parcela citada pelo vereador Nelsoir Battisti (PSD), que pediu a emenda. Que siga a obra.
* Morreu na sexta-feira, 29, Jairo Ribeiro da Rosa, 77 anos, tabelião em Rosário do Sul, cidade onde tinha ativa participação comunitária. Jairo é irmão de Jader e Juarez Ribeiro Rosa, que moram em Venâncio.
* A Folha volta a ser impressa na Gráfica Gazeta do Sul a partir desta edição, depois de um ano impressa na Gráfica UMA de Zero Hora, em Porto Alegre. A Folha já foi impressa na Gazeta por três décadas, de julho de 1989 até abril de 2019. Parceria regional retomada.
* Em âmbito nacional, o final de semana foi de mais uma mobilização popular em verde amarelo de apoiadores do presidente Bolsonaro, defronte o Planalto, de forma pacífica, mas muito criticada pela grande imprensa. A novidade foi uma mobilização popular em São Paulo e no Rio, feita por torcidas organizadas de clubes de futebol, gritando por democracia, mas que acabou em violência, depredação e confronto com a polícia. Não adiantou trocar as camisas vermelhas pelas pretas, a prática é a mesma.
* E vi no Fantástico a Globo tentando criminalizar o movimento de homens, mulheres, crianças, defronte o Planalto, e defendendo o indefensável nas ruas de SP e RJ. Isso é Fake News. O jornalismo da Globo se perdeu no ódio a Bolsonaro. Uma pena.
* Sem futebol na pandemia, a RBS está transmitindo conquistas históricas da dupla Gre-Nal aos domingos, às 16h. Já passou a primeira Libertadores do Grêmio sobre o Penharol do Uruguai, em 1983; a primeira Libertadores do Inter contra o São Paulo, em 2006; o Mundial do Grêmio contra o Hamburgo da Alemanha, em 1983, no Japão. No próximo domingo passa o Mundial do Inter contra o Barcelona, em 2006, no Japão.
Do Twitter
* Veja: IR 2020 encerra prazo este mês e 50% dos contribuintes ainda não entregaram declaração.
* Folha S. Paulo: Bolsonaro pede a apoiadores que não saiam às ruas em dia de protesto contra o governo.
* Estadão: Chamado de ‘covarde’ por Bolsonaro, Moro diz que políticas públicas se constroem com diálogo e sem ‘bravatas’.
* O Globo: Após ir a protesto com críticas ao STF, Bolsonaro diz que estará ‘onde o povo estiver’.
* Deputado Zucco: As duras críticas a erros na liberação do auxílio emergencial não surpreendem. Partem dos mesmos que calaram diante dos desvios de 14 anos com o Bolsa Família a apadrinhados.