A Comissão Especial formada na Câmara de Vereadores para tratar sobre a segurança da Colônia Penal Agrícola de Estância Nova esteve nesta semana em Porto Alegre, na secretaria Estadual de Segurança Pública, quando os vereadores posicionaram-se contra a construção do presídio fechado em Venâncio Aires. O presidente da Comissão, vereador Celso Krämer (PTB), os vereadores José Ademar Melchior (PMDB) e Wilson da Silva Puthin (PP), e ainda o diretor legislativo Fernando Melo, apresentaram ao superintendente da SUSEPE, Gelson Treiesleben, a posição contrária, especialmente da comunidade que reside próximo à Colônia Penal quanto a implantação do regime fechado no local. A intenção da implantação do regime fechado foi apresentada pelo superintendente à comissão legislativa e também ao prefeito Airton Artus, que esteve presente na reunião. Segundo Treiesleben, o projeto deve ser colocado em prática no ano que vem. Os vereadores estiveram acompanhados ainda pelo delegado regional da Susepe, Anderson Louzado e o diretor da Colônia Penal, Luis Fernando Ferreira.
O vereador Celso Krämer disse que a grande preocupação da comunidade é com a colocação de presos de alta periculosidade e da região metropolitana na Colônia Penal Agrícola de Venâncio Aires. A partir disso, os vereadores sugeriram a criação de um presídio apenas para apenados de Venâncio Aires, o que foi descartado pelo superintendente, alegando que assim cada município teria que ter sua unidade prisional.
“Sugerimos então que o presídio seja apenas para apenados dos municípios da região”, disse Krämer.
Em princípio ninguém quer um presídio na sua cidade. A sugestão de ter um presídio municipal feita pelos vereadores da comissão não deve ser considerada, pois assim cada município deveria ter um presídio para os seus presos. A questão de forma clara é esta. O estado tem pronto um projeto para construção de um presídio de regime fechado na área de quase 100 ha da Colônia Penal Agrícola de Estância Nova, onde funciona hoje um presídio em regime semi-aberto, recebendo apenas da região metropolitana. A luta do município deve ser para barrar um novo presídio com detentos da região metropolitana. Que seja um presídio para ser integrado ao sistema regional, que tem casas prisionais fechadas em Lajeado e Santa Cruz.