O final do dia de sexta-feira foi movimentado no meio político. Era o último dia para filiações de lideranças para poder concorrer na eleição de outubro. Jarbas da Rosa, presidente do PDT, anunciou a filiação de Cesar Augusto Garcia, jovem liderança em Vila Mariante para concorrer. Mas o que deu repercussão foi a filiação do ex-vereador e ex-presidente do MDB, José Ademar Melchior, o Zecão. Já era passado das 20h quando Jarbas anunciou, em rede social, ao lado do vereador Ciro Fernandes, que mudou do PSC para o PDT, a filiação de Zecão, um político com experiência que deve concorrer pelo PDT.
Não demorou muito e Ailto de Melo, presidente do PP, me contatou pelo whats para dizer que Zecão tinha assinado ficha com o seu partido no dia 26 de março e me reproduziu mensagem que recebera de Zecão, um pouco antes: “Não me filia acho que vou pra outro partido me desculpa a proposta é muito boa espero não perder amizade”.
Ailto disse que a ficha de Zecão já estava registrada no TRE. “Há homens de caráter, de palavra e sem preço e homens sem caráter, sem palavra e com preço. Estes últimos são infelizes e fadados ao insucesso”, disse Ailto, indignado com o acontecido. Imagino que Zecão seria o principal nome para uma nominata de candidatos a vereador pelo PP, que está em apuros.
Zecão confirmou que chegou a assinar com o PP, disse que almoçou duas vezes com o prefeito Giovane para ir para o PSB, mas que acabou optando pelo PDT.
De Duda Kappel, que se elegeu pelo PP, mas estava no PL, a informação é de que não se filiou ao PTB do vice-prefeito Celso Krämer como era especulado. Havia resistência forte dentro do partido.
Notinhas
* Deputado federal Heitor Schuch (PSB) é um dos autores do PL que suspende temporariamente a cobrança de pedágio do transporte de cargas nas rodovias federais durante a vigência da calamidade de saúde pública decorrente do coronavírus. Schuch explica que a medida deve valer por 90 dias, podendo ser prorrogada por ato do Poder Executivo enquanto perdurar a situação de emergência no pais.
* Do senador Luiz Carlos Heinze: Sou favorável a proposta de adiamento das eleições. Nós, senadores da Bancada Progressista, estamos discutindo a possibilidade da doação do Fundo Eleitoral, no valor de R$ 2 bilhões; do custo do dia da eleição, que ultrapassa os R$ 2 bilhões e o dinheiro que seria utilizado no dia das eleições, também mais de R$ 2 bilhões. Outra ideia seria a de juntar a quantia do valor destinado à Justiça Eleitoral, neste ano, levando em conta o adiamento das eleições. Com isso, teríamos mais de R$ 8 bilhões para a prevenção e tratamento do Coronavírus no país. É hora de todos estarmos unidos para acabar com esta pandemia.
* Pesquisa Datafolha divulgada sexta mediu aprovação do presidente Bolsonaro e do Ministro da Saúde, Luiz Mandetta, para ‘ripar’ o Presidente. Bolsonaro teve 33% de ótimo/bom, 25% de regular e 39% de péssimo/ruim. Mandetta teve 76% de ótimo/bom, 18% de regular e 5% de ruim/péssimo. Ótimo desempenho de Mandetta e Bolsonaro deve ter ficado satisfeito também. Somando regular/bom/ótimo, ele tem 57%. Que é contra soma 39%.
Do Twitter
* Veja: País terá, nesta semana, ‘hora da verdade’ na luta do SUS contra o vírus.
* Estadão: SP deve prorrogar quarentena por mais 15 dias.
* Exame: Venda de bebidas alcoólicas cai 52% na segunda quinzena de março.
* UOL: Jair Bolsonaro diz que alguns do governo viraram estrela: “Hora deles vai chegar”. Sem citar nomes, presidente afirmou, que vai “usar caneta” para o bem do Brasil.
* Folha S. Paulo: Entre políticos, o recado de demissão dado por Jair Bolsonaro neste domingo, 5, não foi só para Luiz Henrique Mandetta (Saúde), mas também para o ministro Sergio Moro (Justiça).
* Cleber Benvegnú: É incrível quando alguns telejornais que estão abordando a pandemia com sensacionalismo, lá pelas tantas, dizem assim: “Mas CALMA…”. Ora, depois de dar mil indicativos de pânico!? Pobre telespectador. Que Deus nos dê serenidade e coragem para lidar com tudo isso.
* Xico Graziano: Existem duas posições opostas: 1. Aqueles que defendem o isolamento social total; 2. Aqueles que pregam o fim do isolamento social. Pergunto: não seria possível encontrar uma solução intermediária, que não favoreça o vírus e nem quebre o país? Há lugar para o bom senso nessa crise?