Uma luta de décadas de lideranças políticas e empresariais da região, finalmente, começa a sair do papel: a duplicação da RSC-287. Nesta semana, o governador Eduardo Leite esteve em Santa Cruz do Sul para assinar a ordem de início desta obra, que será executada pela Concessionária Rota de Santa Maria. A principal rodovia do Vale do Rio Pardo, que conecta as cidades da região Central à Capital dos gaúchos, receberá um investimento de R$ 3,6 bilhões. A duplicação beneficiará 10 municípios e compreende 204,5 quilômetros de concessão, entre Tabaí e Santa Maria.
As obras já iniciaram nesta semana, em trechos de Santa Cruz e Tabaí. Em Venâncio, a expectativa é de que as intervenções comecem no primeiro semestre de 2025, com prioridades aos desvios nos distritos de Vila Mariante e Estância Nova, que foram duramente afetados pela catástrofe climática registrada em maio. Nesta reconstrução, garantir estruturas resilientes para enfrentar futuros eventos climáticos extremos é prioridade. No trecho de Venâncio, o projeto da duplicação também prevê a construção de um viaduto no trevo de acesso ao município, o que mudará radicalmente a ‘fotografia’ da principal entrada da cidade.
A RSC-287, construída nos anos 70, há muitos anos não suporta mais a elevada demanda de veículos, especialmente, o transporte de cargas pesadas. Em tempos onde a mobilidade é essencial para logística eficiente, a duplicação da rodovia promete não só facilitar o tráfego, mas abrir portas para novos investimentos e melhorar as condições de escoamento da produção industrial, agrícola e comercial. Além do progresso econômico, a obra também é primordial para avançar na segurança viária. Como destacou o governador Eduardo Leite, este projeto é mais do que uma duplicação, ele simboliza uma mudança no padrão de qualidade para que os trajetos sejam lembrados pelos usuários pela experiência de ir e voltar com segurança.
Logo ali na frente, também será dado início ao processo de concessão da RSC-453, que tem seu ‘marco zero’ em Venâncio. Esta rodovia é a principal ligação com o Vale do Taquari e a Serra Gaúcha. Assim como aconteceu com a 287, a empresa que assumir a 453 também terá o compromisso de duplicar a rodovia, o que já nos permite projetar que, dentro de alguns anos, as duas principais vias que cortam a Capital do Chimarrão serão duplicadas, inaugurando uma nova era para o desenvolvimento dos Vales.
Editorial da semana
A sonhada duplicação
Leitura:
3
Minutos
Assuntos