Animais soltos

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É recorrente a queixa de animais soltos em Venâncio Aires, especialmente cavalos circulando às margens de rodovias. A situação traz perigo para o trânsito e coloca vidas em risco, tanto dos animais quanto de motoristas e pedestres. Na sexta-feira, 15, um cavalo morreu na RSC-453, próximo do acesso ao bairro Battisti. As suspeitas da Polícia Rodoviária Estadual são de que ele foi atingido por um veículo de grande porte, provavelmente um caminhão.
O acidente reacendeu um tema antigo e colocou em discussão as responsabilidades dos tutores e também do Município e Estado em relação a esse tema. O episódio também trouxe uma reflexão sobre a velocidade dos veículos na rodovia e a necessidade, urgente, de garantir mais segurança naquela região, com o retorno da lombada eletrônica que controlava a velocidade.

Soma-se a todo esse debate o crescimento do número de animais de pequeno porte que estão soltos pelas ruas. Semanas atrás, a reportagem da Folha do Mate chegou a ser contatada por moradores que se queixaram da quantidade de cachorros soltos pelos bairros e relataram preocupação com acidentes de trânsito. Na oportunidade, a ONG Amigo Bicho, que atua em Venâncio, destacou o papel e responsabilidades dos tutores e informou que os bairros que têm maior número de cães abandonados são Brands, Coronel Brito e Battisti. Essa situação também é comum no interior.

Este problema, que não é exclusividade de Venâncio, coloca em pauta as políticas públicas voltadas à causa animal e provoca uma reflexão sobre o abandono dos tutores. Esta situação já levou cidades brasileiras a intensificarem a fiscalização e até realizarem operações para recolher os animais soltos em vias públicas.

Em Venâncio Aires, um passo importante poderá ser dado a partir do início dos trabalhos do Centro de Bem-Estar Animal, espaço que está sendo construído em Linha Ponte Queimada. O local não terá a características de canil, mas será um abrigo temporário de animais abandonados, vítimas de maus-tratos ou com problemas de saúde. Lá eles serão reabilitados e, depois, encaminhados para adoção. Isso indica que dois trabalhos são fundamentais desde agora: a sensibilização pela adoção responsável e o controle populacional dos animais. Neste sentido, o Executivo já anunciou que vem somando esforços para viabilizar a castração de animais de forma gratuita.
A guarda responsável é primordial, lembrando que é o dono que tem a obrigação de manter os animais, pequenos ou grandes, em local seguro, e desta forma, evitar que circulem em vias públicas e se envolvam em acidentes, que podem ser fatais.

    

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