Cobrança e conquista

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Que Venâncio Aires tem vocação para o voluntariado, acolhimento e trabalho, entre outras virtudes, todos temos conhecimento. E, agora, sabemos também que a comunidade, quando é chamada para participar de mobilizações ou mesmo fazer cobranças importantes, não se esconde. Isso tem acontecido nas últimas semanas, neste período pós-enchentes, quando todos, de alguma forma, procuraram auxiliar as pessoas diretamente atingidas pela maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul. Algo que jamais imaginávamos presenciar, por mais que o exemplo de 1941 fosse sempre lembrado pelos antigos.

Passado o momento mais crítico e ainda sob os reflexos das enchentes, os moradores e a Administração da Capital do Chimarrão arregaçaram as mangas e saíram em busca de soluções para os problemas decorrentes das cheias do rio Taquari e do arroio Castelhano. A área do antigo Instituto Penal de Mariante (IPM) foi definida como local para receber, inicialmente, 40 residências. Número que subiu para 72 durante a semana, conforme anúncio feito pelo governador Eduardo Leite, que visitou os 5,7 hectares em Vila Estância Nova e também passou pela Escola Adelina Isabela Konzen – onde estão os alunos da Escola Mariante – e por Vila Mariante.

Na oportunidade, aliás, lideranças políticas e comunitárias aproveitaram para apresentar demandas a Leite, como a instalação de um posto do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) em Estância e suporte para implementação de infraestrutura do novo Distrito Industrial, que fica na mesma região, próximo à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). Como vários secretários de Estado acompanharam o governador, houve possibilidade de aproximação para aqueles contatos mais ao pé do ouvido.

Este tipo de articulação é importante, pois não devemos deixar morrer pautas relevantes para a comunidade, ainda que sejam de décadas. Ninguém sai por aí inventando demandas da própria cabeça. Elas vão surgindo e, quando se tornam relevantes para um grupo maior de pessoas, é necessário buscar engajamento e ajuda para tirá-las do papel. A peregrinação, a correria e até a frustração fazem parte do processo de conquista. Percorrer estes caminhos não costuma ser fácil, mas a satisfação de alcançar uma meta vale a pena. Por isso, devemos nos manter vigilantes às nossas necessidades e acionar os responsáveis pelo atendimento.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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