Nessa semana, o Governo do Estado apresentou a nova proposta de concessão das rodovias gaúchas que integram o Bloco 2, o que inclui a RSC-453, que tem seu ‘ponto zero’ em Venâncio Aires. A principal mudança é a redução da tarifa-teto por quilômetro de R$ 0,23 para R$ 0,18. Porém, os prefeitos da região seguem mobilizados com a intenção de reduzirem ainda mais o valor, antes de sair a versão final do edital que vai guiar o leilão previsto para ocorrer entre outubro e novembro deste ano.
Para tirar os investimentos previstos para essas rodovias do papel, a cobrança de pedágio é a fonte de recursos. Esse também é o ponto principal de debate entre prefeitos, lideranças empresariais e o Governo do Estado. No entanto, não haverá outro caminho, senão a concessão para garantir os investimentos robustos e necessários para qualificar as estradas e ampliar o desenvolvimento econômico da região, duramente castigada pelas enchentes.
Para além do preço da tarifa, outro ponto em debate são as intervenções que serão feitas na rodovia e o impacto destas obras no dia a dia dos moradores, especialmente em situações muito locais, como acessos a bairros e localidades. Para isso, a Prefeitura de Venâncio se antecipou e ainda nessa semana, na quinta-feira, 12, o prefeito Jarbas da Rosa e o deputado estadual Airton Artus debateram com a equipe técnica da Secretaria de Reconstrução Gaúcha os detalhes da concessão da RSC-453 e os impactos diretos das obras. Foi essa interlocução que permitiu um ajuste importante no projeto: a mudança do pórtico de pedágio de Venâncio do km 10 para o km 11, garantindo livre circulação no perímetro urbano. Inicialmente, o pórtico free-flow seria instalado no km 10, próximo ao trevo de Linha Travessa e Vila Palanque. Avançando um quilômetro, será possível evitar os impactos na VRS-816, rodovia que foi recentemente municipalizada e seria penalizada com o fluxo intenso de veículos que desviariam da 453 pela 816, o que acarretaria em mais gastos de manutenção de uma via que já era de responsabilidade do Estado e que foi assumida pelo Município pelo histórico de abandono.
Nessa mesma reunião, foi assegurado que todas as obras solicitadas pelo Município – como viadutos, passarelas e rótulas – estão mantidas no novo projeto. Esse olhar apurado dos representantes locais é necessário para uma decisão que tem o peso de um contrato de 30 anos. Na RSC-453, o projeto prevê 44,1 quilômetros duplicados e 13,4 quilômetros em terceiras faixas. Todo o trecho de Venâncio e Mato Leitão será duplicado. O período para execução e conclusão destas obras será de 10 anos, ou seja, em uma década, devemos ter uma nova fotografia da 453, a exemplo do que já se acompanha na RSC-287, com as obras de duplicação em andamento. São obras essenciais para garantir o desenvolvimento regional e, antes de tudo, a segurança de quem transita nestas rodovias.