Destino do lixo

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Há muito tempo se discute os melhores caminhos para a gestão eficiente do lixo. Venâncio Aires avançou nestas últimas décadas com a implementação da coleta seletiva e na história mais recente, a criação de programas como o IPTU Verde e investimentos em conteinerização. Aliás, a Capital do Chimarrão foi uma das cidades pioneiras no Rio Grande do Sul na implantação da coleta mecanizada.
Mas, para garantir 100% de eficiência, é preciso de um sistema que funcione do início ao fim. Desde o descarte na lixeira de casa até o destino final.

Neste ano, uma das principais demandas do sistema envolve o funcionamento da Usina de Triagem localizada em Linha Estrela. A Prefeitura encerrou em fevereiro o contrato com a cooperativa de catadores que atuava no local e, desde lá busca uma alternativa para retomar o serviço. É para a usina que todo lixo recolhido na cidade é levado e depois transportado para Minas de Leão, onde fica o aterro sanitário que recebe materiais de aproximadamente 100 municípios gaúchos. Mas, como não há empresa atuando, não tem triagem.

Seis meses se passaram desde o encerramento do contrato. Inicialmente, o Município projetava a contratação emergencial de um novo prestador de serviço, mas o processo não resultou em um vencedor e deverá ser retomado apenas após a reestruturação do espaço. Enquanto se elabora um novo projeto para a usina, inclusive, não está descartada a instalação em outro local, a regionalização deste serviço é vista como uma alternativa. Na prática, os 17 municípios que integram o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) debatem a possibilidade de instalação de uma ou mais usinas que atendam cidades da região que hoje contam com baixos ou nenhum percentual de triagem.
O objetivo é ampliar o percentual de reaproveitamento, o que levaria a uma economia no transporte de lixo, afinal, as Prefeituras pagam pelo peso do lixo o que é levado até o aterro. Na Capital do Chimarrão, o contrato com a antiga operadora exigia, ao menos, 10% de reaproveitamento, o que é considerado baixo e foi um dos motivos que levou a rescisão do contrato.

Essa é uma discussão urgente e tida como uma prioridade da Secretaria de Meio Ambiente, que é liderada atualmente por uma servidora de carreira. Venâncio produz mais de 30 toneladas de lixo diariamente e o investimento para garantir todo ciclo, do recolhimento nas ruas até o destino final, é alto: cerca de R$ 5 milhões por ano.
Paralelo a essa definição que cabe aos gestores da região, o tema de casa segue sendo a educação ambiental. O poder público tem seu papel de tomador de decisão, mas quando falamos de lixo, não adianta ter o melhor sistema do estado, do país ou do planeta, se não contarmos com pessoas conscientes do que produzem e da forma que descartam.

    

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