Aesperança em torno da pavimentação asfáltica dos 16,7 quilômetros da ERS-244, entre Venâncio Aires e Vale Verde, está retomada. Na quinta-feira, 28, o diretor geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Luciano Faustino da Silva, assinou a ordem de reinício das obras na estrada, que é considerada uma das mais importantes dos vales do Rio Pardo e Taquari pela facilidade de acesso à Região Carbonífera e a outros pontos estratégicos do Rio Grande do Sul, como o Porto de Rio Grande, por exemplo.
Para que a legislação eleitoral não acabasse por inviabilizar as ações em 2022, o Governo do Estado destinou R$ 500 mil para os trabalhos. Isso deixa claro que a intenção é acabar com as piadas sobre as ‘pontes que vão do nada para lugar nenhum’, que foram construídas há mais de duas décadas na 244 e se tornaram ‘monumentos à incompetência’ de governos que seguiram ao longo deste anos todos. É pouco dinheiro. Sim, é. Mas é também o ‘start’ necessário para que a mobilização regional acerca da obra continue com veemência.
O custo total da pavimentação da rodovia – somadas as despesas atualizadas para a construção das três pontes – vai passar dos R$ 50 milhões. É muito dinheiro. Sim, é. No entanto, como destacou o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa (PDT), é possível que o Governo do Estado destine R$ 500 milhões para obras como esta em todo o Rio Grande do Sul. O montante seria investido em rodovias federais, mas a Assembleia Legislativa barrou a proposta e abriu margem para que a malha viária estadual seja contemplada com o valor.
Embora ninguém tenha certeza de onde vai sair o recurso necessário para a conclusão da ERS-244, certo é que o ‘fato novo’ está criado e, com isso, a rodovia passa a estar frequentemente no radar de quem estiver à frente do Palácio Piratini. Depois de muito tempo completamente adormecida, a estrada de chão dá sinais de que pode abrir espaço, de vez, para o asfalto. É desnecessário citar aqui todo o benefício que uma obra desta magnitude trará para a Capital Nacional do Chimarrão e toda a região. Fica a certeza de que a pressão precisa ser mantida, sob pena de que a via adormeça novamente. Se isso acontecer, sabe-se lá quando o sonho deste asfalto será, enfim, concretizado.