Muitas pessoas, nesta época do ano, falam sobre o 7 de setembro com certo saudosismo, fazendo referência a épocas em que se considerava o civismo como algo mais evidente, mais valorizado em família e nas escolas, por exemplo. Mas será que não é mais?
É importante que se entenda que civismo, embora o conceito acabe associado ao patriotismo, evidenciando também o amor pelo país e o respeito pelos símbolos, vai muito além. É uma questão de dever e de compromisso, e por isso a pertinência do tema municipal de 2025: ‘Pessoas que fazem a diferença na pátria onde vivem’, homenageando o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) pelos 90 anos.
Essa instituição, literalmente vital para os venâncio-airenses, nasceu porque houve uma grande mobilização de lideranças e de pessoas que contribuíram para a construção. Ainda que o compromisso popular talvez tenha enfraquecido com o passar dos anos, já que tudo virou responsabilidade política, fato é que muitas ações seguem ajudando a instituição, promovidas por clubes de serviço, associações e doações pessoais. Então, sim, há quem faça a diferença onde vive.
O próprio hospital em si, que, mesmo nos momentos mais difíceis — seja vivendo anos de crise financeira e a pandemia de Covid-19, por exemplo —, jamais deixou de atender. São 90 anos de dedicação à comunidade, de compromisso, de dever, portanto, de civismo.
Neste domingo, 7, entidades como clubes de serviço e associações locais vão participar do desfile cívico na rua Osvaldo Aranha, no Centro de Venâncio Aires. Mas a grande expectativa é pela participação das 10 escolas da rede municipal e duas da rede privada, em que diversos estudantes, entre pequenos e grandes, não vão apenas descer ‘a principal’ alinhados e uniformizados. Eles vão levar informações sobre as práticas educacionais desenvolvidas, evidenciando a importância da educação e de que ela também faz a diferença, seja dentro da escola, no município, estado ou país.
Amar a pátria é amar, em primeiro lugar, a cidade onde se vive. É nela que está o hospital onde nascemos e procuramos na doença, a escola onde estudamos, a casa onde moramos. Essa proximidade, essa familiaridade, também nos faz ser responsável como sociedade, portanto, é dever nosso fazer a diferença onde vivemos.