Foco na mobilização

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A chuva ainda castiga Venâncio Aires e região e muito precisa ser recuperado em relação às cheias do rio Taquari e arroio Castelhano. Isso não se discute. No entanto, ao contrário de outros momentos – podemos pegar até mesmo episódios passados de enchentes -, é notório que a comunidade em geral está preocupada em buscar soluções, ou alternativas de redução de impacto, pelo menos, para as questões relacionadas aos cursos d’água do nosso município.

Embora a localidade de Vila Mariante venha a perder boa parte do número de moradores – em função da destruição registrada recentemente e da posição dos governos de não mais edificar escolas e postos de saúde em locais atingidos -, há quem vá permanecer por lá, só que mais alerta em relação ao avanço do Taquari e, também, participando das ações de reflorestamento das margens do rio. Ninguém é obrigado a deixar o lugar que vive, mas as várias experiências vividas em tão pouco tempo evidenciam a necessidade de atenção ao que nos diz a natureza.

No que se refere à RSC-287, mais do que simplesmente reivindicar a reconexão da rodovia com brevidade à Rota de Santa Maria, a comunidade se movimenta no sentido de garantir ações que possam contribuir para uma rotina menos tensa às margens da rodovia, mesmo em episódios de cheias. A mobilização é para que, no momento da duplicação, sejam contempladas as tão pedidas pontes secas, até porque a maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul criou praticamente um consenso entre os moradores ao longo da rodovia. Antes, a RSC-287 sem vazão agradava uns e descontentava outros, por conta do represamento.

Por fim, mas não menos importante, um grupo de moradores e empresários da parte baixa da Capital do Chimarrão, após o avanço incontrolável do arroio Castelhano, se organizou definitivamente para cobrar e colaborar com soluções para o problema. E, neste cenário, todos estão trabalhando em conjunto, pois só assim será possível garantir harmonia e manutenção do diálogo de alto nível em busca do bem comum, que é o desfecho esperado. É preciso levar em consideração que os cursos d’água sempre estiveram onde estão e que, por vezes, os humanos invadem as suas áreas, mas isso é uma questão histórica e nunca deixaremos de ter empreendimentos, casas e famílias em pontos alagáveis. Está correto quem defende a redução dos impactos.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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