Nesta semana, o Rio Grande do Sul comemora os 200 anos da imigração alemã. A data celebra muito mais do que a música, a dança e a gastronomia trazidas pelos colonizadores. O 25 de julho nos convida, anualmente, a refletir sobre a história dos imigrantes e a reconhecer as heranças culturais, econômicas e sociais que ajudaram a construir a identidade de diversas cidades gaúchas.
Em Venâncio Aires, a presença germânica é identificada em diversos espaços, da cidade e do interior. Ela está na agricultura, no turismo, na religiosidade, na economia, no cooperativismo e no associativismo. Também está no idioma alemão, que é facilmente ouvido nas rodas de conversas. Nas comunidades da área rural, o legado da cultura alemã é ainda mais evidente. As associações mantêm festas e eventos que preservam costumes e tradições que perpassam gerações. Exemplo disso é a Festa Municipal do Colono, realizada há mais de quatro décadas. A 45ª edição movimenta a Associação Esportiva e Recreativa Teresinha, de Vila Teresinha, neste fim de semana. A programação, que também marca o bicentenário, inclui shows musicais, a tradicional gincana, desfile temático, tenda colonial e aquele almoço típico alemão com direito a cuca caseira.
As festividades alusivas aos dois séculos da imigração alemã seguirão em destaque até o fim deste ano, inclusive com programação especial no mês de novembro, quando ocorrerá um desfile temático na Capital do Chimarrão. São eventos que homenageiam aqueles que ajudaram a construir e desenvolver diferentes regiões do nosso estado, entre elas, os vales do Rio Pardo e Taquari.
À Folha do Mate, jornal mais antigo em circulação em Venâncio, cabe a missão de registrar e guardar essa história para que ela possa ser acessada e apresentada às novas gerações, seja por meio de reportagens ou cadernos especiais. Jornalismo é contar, resgatar e eternizar histórias. À comunidade, independente da origem, germânica ou não, o papel é conhecer e respeitar essa herança cultural que foi fundamental para o progresso do Rio Grande do Sul.