Após o impacto imediato dos estragos causados pela cheia do rio Taquari, em Vila Mariante e arredores, começam as ações para reconstruir o segundo e nono distritos da Capital Nacional do Chimarrão. A primeira medida é o anúncio de pacote dividido em quatro eixos, para dar suporte à população atingida. O valor ultrapassa os R$ 3 milhões e há recursos próprios do Município. Posteriormente, devem chegar repasses do Governo do Estado e da União.

Assim como enfatizou o prefeito Jarbas da Rosa durante a semana, é momento de proporcionar a retomada da vida dessas pessoas e dar dignidade a elas. Os próximos passos visam, além das doações e da ajuda emergencial, a reconstrução de casas, estradas e empresas. A reconstrução passará, inclusive, pela ERS-130, onde foi registrado um deslizamento de terra que obrigou a Defesa Civil a determinar o trânsito em meia pista. Obra esta que é mais demorada, já que o responsável pelo trecho é o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).

Ainda chama muito a atenção o lixo nas ruas e os prejuízos são incalculáveis, mas o cenário está em transição: da tristeza total para o sentimento de esperança por dias melhores. É possível ver pessoas se reunindo para um churrasco e confraternizando. Já foram mais de 230 toneladas de entulhos retirados. Uma semana depois da tragédia, Vila Mariante ainda não retomou a normalidade – e isso ainda vai demorar para acontecer -, mas caminha, passo a passo, em busca de dignidade e com o pensamento no futuro.

Agora, a enchente já parece um detalhe na vida dos moradores, que trabalham para fortalecer o distrito e potencializar, da forma que for possível, os exemplos e efeitos positivos advindos de uma tragédia natural sem precedentes na história de Venâncio Aires. Por outro lado, o arroio Castelhano assustou esta semana, mas nada de maior gravidade. O perímetro urbano da Capital do Chimarrão e os bairros passaram quase ilesos nestes primeiros 15 dias chuvosos de setembro, o que também auxiliou nos trabalhos em Vila Mariante, que teve foco total da Administração. Ainda vamos falar da histórica cheia do Taquari por semanas e meses, mas a partir de agora, o foco é outro. O tema da vez é reconstrução. Aos poucos, mas para que, em um futuro breve, as localidades atingidas possam estar com um cenário parecido ao visto antes do Taquari tomar conta da paisagem.