Intensificar: este é o verbo que mais vezes será repetido na última semana de campanha eleitoral em Venâncio Aires. Talvez os eleitores da Capital Nacional do Chimarrão ouçam alguns sinônimos como animar, exacerbar e avivar, entre outros, mas todos terão a intenção de reforçar a tentativa de tornar mais forte as iniciativas das coligações ‘Unidos por Todos’, de Giovane Wickert (PSB) e Celso Krämer (PTB), e ‘Aliança pelo Desenvolvimento’, de Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB).
Quem achava que teríamos um processo eleitoral tranquilo, sem maiores intercorrências, certamente já se deu conta de que a corrida pela Prefeitura está gerando uma série de episódios, inclusive com embates judiciais e criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores. Os movimentos estão partindo de ambos o lados, o que evidencia que a disputa pelo Executivo será quente até o fim. E, com o tempo para convencer os eleitores se esvaindo, cada ação ganha importância maior e os ânimos se acirram muito.
Para os últimos dias de corpo a corpo e divulgações nas redes sociais, a promessa das coligações é de reforçar as propostas constantes em cada plano de governo. No entanto, quem vivencia os bastidores da política sabe que a campanha não vai se restringir a isso, somente. Aliás, há muito tempo a corrida deixou de ser apenas em frente. As duas coligações já se utilizaram de manobras na tentativa de desestabilizar o lado adversário, de tirar o trem do outro dos trilhos. Posições contrárias são normais em pleitos eleitorais, em qualquer lugar, mas há quem entenda que as desavenças já passaram de todos os limites.
Em meio a isso tudo, mais uma vez a decisão está nas mãos dos eleitores. São eles que vão fazer a análise dos melhores projetos e das piores tentativas de enrolação, para a partir daí encaminhar o voto, que será digitado na urna eletrônica no dia 15 de novembro. Embora os protagonistas e coadjuvantes façam de tudo para ‘se vender’, é o povo que define, sempre, quem serão os seus gestores. Uma decisão totalmente soberana.
Estamos muito perto de saber se Venâncio Aires quer a continuidade de um trabalho ou se prefere uma mudança de pensamento. Pela primeira vez, acompanhamos um processo eleitoral paralelo a uma pandemia, o que afastou a possibilidade de realização de comícios e outras atividades de campanha que eram tradicionais, mas que causam aglomerações, algo impensado para os dias atuais. Talvez a ‘demonstração de poder’ das coligações fique por conta de carreatas ou caminhadas.
A última semana de campanha também deve contar com um maior número de candidatos ao Legislativo Municipal nas ruas. Enquanto a disputa para o Executivo tem dois candidatos, o que restringe as opções, na corrida para a Câmara são mais de 200 nomes, o que sugere que não devemos ter muitas votações expressivas em relação às eleições anteriores. A intensidade vem aí, não tenham dúvida. Os últimos dias de campanha vão mexer com muita gente, mas é importante lembrar que intensificar não significa passar dos limites aceitáveis. A comunidade venâncio-airense merece respeito, ainda mais de quem quer representá-la na Câmara e na Prefeitura.