Depois de quase três meses de espera, incerteza e ansiedade, os alunos da Escola Mariante, de Vila Mariante, no interior da Capital do Chimarrão, vão voltar a ter aulas presenciais a partir da próxima segunda-feira, dia 12 de setembro. A 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) confirmou que está tudo acertado entre a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) campus Venâncio Aires e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul para que os estudantes sejam recebidos e possam retomar atividades cotidianas normalmente.
Além de oito salas para as aulas, a estrutura da Escola Mariante na Unisc contará com espaços para cozinha e secretaria. Os estudantes terão à disposição o transporte do 2º Distrito até a universidade. O Município vai custear o serviço e, mais tarde, pelo que ficou acordado, será reembolsado pelo Governo do Estado. Serão seis horários de ônibus, três pela manhã e três à tarde, para que todos os alunos tenham garantido o direito de frequentar a sala de aula.
Eles vão usar crachás de identificação, como forma de facilitar o trânsito tanto nos veículos de transporte quanto na Unisc, uma vez que estarão inseridos entre os acadêmicos do campus. A universidade está pronta há um bom tempo para receber a comunidade escolar de Vila Mariante, mas só agora, com a concretização do termo de convênio e todos os demais trâmites em ordem, é que será possível a retomada dos estudos.
A notícia é excelente, não há dúvida, mas também não podemos esquecer que a instituição de ensino do 2º Distrito tem seus dois prédios interditados, um por problemas estruturais e outro porque a fiação elétrica oferece risco. O atendimento que vão receber na Unisc será de primeira linha, mas os estudantes querem, e precisam, voltar, assim que possível, para a sua escola. É preciso não só que a comunidade, mas também as autoridades competentes, permaneçam atentas ao processo de recuperação dos dois prédios.
A agonia de alunos, pais e professores dará lugar, neste momento, à euforia da retomada, do contato com os colegas e do convívio em uma instituição de ensino. Só que este episódio não pode ser esquecido. É preciso ‘ressuscitar’ a Escola Mariante e não permitir que nenhum outro educandário enfrente, no futuro, uma situação como a que temos acompanhado nos últimos tempos na nossa cidade.