O momento mais crítico da pandemia do novo coronavírus, que está sendo vivido agora, levou a classe médica de Venâncio Aires a fazer um apelo à comunidade de Venâncio Aires. Mais do que espaço para uma reportagem esclarecendo sobre as preocupações relacionadas ao caos gerado pela Covid-19 na rede de saúde da Capital do Chimarrão, os profissionais se uniram no sentido de publicar uma carta aberta à população, com o objetivo de buscar ajuda para conter o avanço avassalador da doença no município.
Na página 7 desta edição, o leitor pode conferir o apelo, assinado pela presidente da
Associação Médica de Venâncio Aires (Amva), Natalia Artus. O texto faz menção à nova cepa da Covid-19, que seria até 10 vezes mais agressiva e está acometendo jovens e pessoas sem qualquer comorbidade, algo que raramente ocorria. E o pior de tudo: muitos casos de comprometimento de até 90% dos pulmões têm sido registrados, com os quadros evoluindo para óbitos em poucos dias, mesmo que os pacientes tenham acesso a todos os recursos possíveis.
A preocupação dos profissionais se acentua à medida que a nova onda não dá sinais de trégua. Já são quatro semanas com o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com suas capacidades esgotadas, bem como equipes exaustas e pacientes em filas à espera de leitos clínicos ou de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O alerta é claro e direto: “Se faz urgente a desaceleração da curva de contágio. Precisamos reduzir o número de novos casos, sob o risco de faltar medicações e até oxigênio”.
E, para que a situação não saia completamente de controle, os médicos estão solicitando o apoio de toda a sociedade. As orientações são simples: manter o distanciamento, não participar de aglomerações, lavar as mãos constantemente e usar máscara e álcool em gel. Além disso, quem puder, não deve sair de casa. A partir destas medidas preventivas, é provável que haja um decréscimo nos números de casos, internações e óbitos, acreditam os especialistas.
Independente do que cada um pensa, se vai se vacinar ou não, se é a favor do tratamento precoce ou não, está na hora de a comunidade dar a sua contribuição, de fato, para que, ali na frente, possamos ter dias melhores. O momento é agora. Vamos nos cuidar e cuidar dos outros também.
