O retorno é essencial

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Com a sequência da bandeira preta em todo Rio Grande do Sul, conforme atualização anunciada no fim da tarde dessa sexta-feira, 16, o retorno das aulas seguirá impedido em solo gaúcho. Embora haja permissão do Estado para que as aulas da Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental ocorram de forma presencial, uma liminar impede o retorno enquanto a bandeira preta estiver em vigência. Por conta desse ‘entrave jurídico’, a possibilidade de uma bandeira vermelha foi ventilada ao longo desta semana, como uma forma de garantir o retorno. Esta mudança permitiria que os demais níveis de ensino também retomassem as atividades, em formato híbrido, o que não se confirmou na nova rodada do Distanciamento Controlado.

Depois de um mês de março assustador, com recorde de casos e mortes por Covid-19, a taxa de contágio vem reduzindo gradativamente, o que garantiu a flexibilização de horários de atendimento do comércio, bares e restaurantes na última semana. Porém, a educação segue entre os poucos segmentos com restrições para atendimento presencial. Em função disso, cresce o apelo da população pela volta às aulas presenciais. Também ganha força a mobilização de entidades e lideranças gaúchas, para que os professores sejam priorizados na vacinação contra a Covid-19. Além de pais e educadores, importantes entidades de classe, como a Associação Médica do Rio Grande do Sul, se posicionaram em defesa da volta às aulas. A Fecomércio chegou a pedir ao Estado que reavaliasse a bandeira preta, temendo sérias consequências se as escolas continuarem fechadas.

Com a confirmação da bandeira preta para a próxima semana, ficam dúvidas e angústias. Quais serão as consequências desse tempo fora da sala de aula? É inegável a importância da aula presencial, principalmente para o desenvolvimento das crianças que frequentam a Educação Infantil e as que estão em fase de alfabetização. Para além da aprendizagem, que é o principal fator de preocupação, a suspensão das aulas presenciais impacta, diariamente, na rotina das famílias. Muitas precisam contratar uma pessoa para acompanhar os filhos enquanto os pais trabalham.
A maior crise sanitária da história recente da humanidade soma perdas incalculáveis. A educação é uma das áreas mais impactadas, com reflexos talvez irreparáveis. Possibilitar a volta à sala de aula, com segurança, é essencial, é urgente. Se as escolas permanecerem fechadas, teremos uma conta alta para pagar ali na frente.

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