Foco nas obras e na prestação de serviços à comunidade. Esta é a promessa do prefeito Giovane Wickert (PSB) para 2020, quarto e último ano da atual Administração. Ele acredita que o desempenho até aqui – estamos encerrando o terceiro ano de mandato – é satisfatório e pretende ir ainda mais ao encontro dos venâncio-airenses para ouvir as demandas prioritárias e tentar atendê-las. A aposta para investimentos, além do que já está em andamento, é nas emendas parlamentares, que podem ser destinadas pelos deputados federais e senadores das bancadas gaúchas na Capital Brasília.
Mas a meta de atendimento à população, fatalmente, será dividida com a adrenalina do ano de eleições municipais. Embora assegure que não está preocupado com a reeleição, neste momento, Wickert sabe que 2020 marca o encontro com o calendário político. Em relação a isso, mantém a cautela, inclusive sem dar o ‘carteiraço’ de que é o candidato do governo. Diz que pesquisas serão realizadas e que terá, se for o caso, grandeza para não contrariar os números que apontam rejeição e aprovação.
Não esconde, no entanto, a vontade de ter mais quatro anos à frente do Executivo. Em entrevista exclusiva concedida à reportagem da Folha do Mate, argumenta que as ações de governo precisam ter sequência, pelo bem do desenvolvimento da Capital Nacional do Chimarrão. Para ele, o segredo é cuidar “de todas as pontas”, sem a necessidade de deixar uma marca específica em determinada área. “O prefeito que foi muito bem em uma área, certamente deixou a desejar em outra”, avalia o chefe do Executivo.
Não bastasse a eleição, que é inevitável e será pauta frequente no ano que se avizinha, Wickert terá, provavelmente, que negociar a aprovação de projetos na Câmara Municipal de Vereadores. Isso porque Helena da Rosa (MDB) deve ser confirmada no comando da Mesa Diretora e, a julgar por tudo que já envolveu a sucessão na presidência até aqui, os mares não serão tão facilmente navegáveis para o governo como nos três primeiros anos. ‘Machucado’ pelo racha e a saída forçada do governo – com a exoneração de dois secretários e vários cargos em comissão (Ccs) -, é provável que o MDB dê uma endurecida com a Administração. Os reflexos virão ao longo do ano, resta saber se mais ou menos intensos.
A atual gestão entra no seu último ano com uma série de conquistas, mas também com muito a fazer. O cuidado com as estradas do interior deve ser intensificado, até porque a dobradinha Giovane Wickert (PSB) e Celso Krämer (PTB) sabem da importância que o interior teve na eleição de 2016. Serão nove meses – os venâncio-airenses, assim como todos os brasileiros, irão às urnas em outubro, para escolher novos prefeitos e vereadores – para potencializar as realizações desta gestão. Depois disso, é encerrar o ciclo ou, em caso de reeleição, abrir um novo momento.
Como sempre, quem vai determinar se o trabalho foi realizado a contento, a ponto de dar mais quatro anos ao grupo que está na Prefeitura, são os cidadãos da Capital Nacional do Chimarrão. Vem aí um 2020 que será ‘quente’ no inverno, mesmo em eventuais dias de temperaturas negativas. Mais uma vez nossos políticos estarão à disposição, e à prova. E o resultado das urnas é o que deve balizar a nova – ou a renovada – Administração.