Onde uma história acaba, outra começa

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A demolição da estrutura do antigo Instituto Penal de Mariante (IPM), em Vila Estância Nova, é emblemática e entra para a história de Venâncio Aires. Naquela área serão erguidas 72 casas para famílias que perderam seus lares após a enchente do rio Taquari, em maio e, além desse propósito social, encerra, de vez, duas histórias distintas, vividas no mesmo local: a de um seminário mantido por padres holandeses e de um presídio semiaberto que funcionou por mais de 40 anos.

Talvez poucas pessoas saibam, mas antes de o Estado implementar aquela que foi considerada a primeira prisão sem grades e sem guardas do Rio Grande do Sul, no início da década de 1970, o prédio foi um ambiente dedicado a estudos e orações de adolescentes. Era o Seminário Sacramentino São José, construído em 1958.

São essas histórias que a Folha do Mate traz na edição de hoje, com resgate de documentos e entrevistas com pessoas que viveram os tempos de seminário nos anos 1960 e de como a comunidade de Vila Estância Nova reagiu e conviveu com a colônia penal agrícola em regime semiaberto nas décadas seguintes, até o fechamento definitivo, em 2013.

Também repercute o início da demolição e a expectativa em relação aos prazos com infraestrutura e construção das casas, que são destinadas à população de baixa renda. A projeção é que tudo esteja pronto no primeiro trimestre de 2025.

No mesmo espaço que ainda guarda lembranças da juventude de ex-seminaristas e que uma comunidade lidou com o medo e a insegurança, conforme a Folha do Mate registrou, agora vai oportunizar uma terceira história. Que nessas novas páginas possamos escrever, o mais rapidamente possível, sobre o recomeço dessas famílias e que sempre haja oportunidade para construir e começar de novo.

    

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